Alterações prolifertativas e neoplásicas em fêmeas caninas e SRPKs (Serine/Arginine Specific-Protein Kinases) em glândulas mamárias
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Medicina Veterinária |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33661 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2025.002 |
Resumo: | As neoplasias mamárias são o tipo de câncer mais frequentemente diagnosticado em mulheres e cadelas. Os tumores mamários espontâneos em cadelas são considerados modelos valiosos para o estudo do câncer de mama humano, devido às diversas semelhanças observadas entre as neoplasias mamárias nas duas espécies. Alterações proliferativas, como a hiperplasia mamária, são comuns em glândulas mamárias macroscopicamente saudáveis de cadelas com tumores, seguindo um padrão morfológico semelhante ao observado em humanos, onde essas alterações são reconhecidas como fatores de risco para o câncer de mama. Além das similaridades morfológicas, pesquisas têm destacado semelhanças moleculares entre as neoplasias mamárias humanas e caninas, incluindo a expressão das proteínas SRPKs. Essas proteínas, envolvidas no splicing alternativo, conferem plasticidade celular às células tumorais, permitindo a produção de isoformas proteicas que favorecem o crescimento tumoral e a disseminação metastática. Para explorar melhor o papel dessas alterações nas neoplasias mamárias, este estudo inclui duas abordagens: uma análise da ocorrência de lesões proliferativas em glândulas mamárias macroscopicamente saudáveis de cadelas com câncer de mama e uma revisão sistemática sobre a relação das proteínas SRPKs com tecidos mamários saudáveis e tumorais. Foi observada uma alta ocorrência de hiperplasia mamária em glândulas saudáveis de cadelas com câncer, enquanto, em cadelas sem tumores, as glândulas permaneceram predominantemente normais. Isso sugere que alterações proliferativas, como a hiperplasia sem atipia, podem estar associadas a uma predisposição ao desenvolvimento de tumores mamários, especialmente em fêmeas não castradas. A revisão sistemática destacou que as SRPKs desempenham papéis centrais em redes moleculares complexas, envolvendo processos pró-oncogênicos como resistência à apoptose, adaptação à hipóxia, crescimento tumoral e metástase. Sua superexpressão está fortemente associada a neoplasias mamárias, principalmente ao câncer de mama triplo-negativo (TNBC), correlacionando-se a pior prognóstico e resistência a quimioterápicos. A inibição dessas proteínas mostrou potencial para reverter resistências, promover apoptose e reduzir taxas de metástases. Esses achados reforçam a relevância de estudos morfológicos e moleculares para compreender melhor as alterações associadas ao desenvolvimento e progressão de tumores mamários em cadelas. Além disso, destacam a necessidade de desenvolver compostos específicos para inibir o splicing alternativo aberrante promovido pelas SRPKs, com potencial para seu uso como marcadores tumorais e alvos terapêuticos no tratamento do câncer de mama. Palavras-chave: hiperplasia mamária; splicing alternativo; câncer de mama; glândula mamária; câncer de mama triplo negativo. |