Serine-arginine protein kinases (SRPKs) como potencial alvo de fármacos em Leishmania braziliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teixeira, Leilane Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25670
Resumo: As leishmanioses representam uma das sete doenças tropicais mais importantes, sendo um grave problema de saúde mundial. As terapias disponíveis são problemáticas, tornando-se de grande interesse a identificação e validação de novos alvos, para desenvolvimento de terapias mais seletivas e eficazes. As serine-arginine protein kinases (SRPKs) se destacam como alvos promissores. SRPKs participam de processos celulares importantes, como o processamento do mRNA, onde atuam regulando as proteínas SR (fatores de splicing). Diante disto, este trabalho teve como objetivo identificar possíveis SRPKs e proteínas SR em Leishmania braziliensis através de análises bioinformáticas, clonar as sequências que codificam tais proteínas, expressar e purificar as proteínas recombinantes, bem como avaliar o efeito leishmanicida de compostos desenhados para atuarem como inibidores de SRPKs. As análises de bioinformática identificaram pelo menos uma possível SRPK e uma possível proteína SR em L. braziliensis. As sequências que codificam as proteínas foram clonadas em vetor pET-28a para expressão em Escherichia coli e tiveram sua expressão padronizada. Com a purificação por afinidade, as proteínas foram parcialmente purificadas, observando-se a necessidade do uso de outras técnicas para se obter um grau de pureza mais elevado. Através do docking vimos que o SRVIC22 e SRVIC32 podem interagir com a proteína no seu sítio de ligação de ATP e, embora não apresentem os maiores valores de docking score, algumas características físico-químicas ajudam a explicar sua melhor atividade in vitro. Quando utilizados em conjunto os compostos não foram tóxicos para os macrófagos e foram capazes de reduzir a infecção, in vitro, de macrófagos por L. braziliensis. O tratamento com o composto SRVIC32 ou com a combinação dos compostos (SRVIC22+SRVIC32) também levaram à uma alteração no nível de expressão da possível SRPK. A avaliação da toxicidade dos compostos in vivo mostrou que, embora as análises bioquímicas do sangue não apresentassem alteração, na maior dose utilizada foram observadas algumas alterações histológicas no fígado. A obtenção das proteínas purificadas permitirá a realização de ensaios para caracterização bioquímica, que poderão confirmar se são uma SRPK e uma proteína SR genuínas, e para a validação da SRPK como alvo terapêutico. Dentre os compostos, o SRVIC32 se mostrou um candidato mais promissor, podendo ser melhor explorado na busca por novas terapias contra a leishmaniose.