A criança de seis anos no ensino fundamental na perspectiva de mães e professoras
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Educação, estado e sociedade; formação de professores e práticas educativas Mestrado em Educação UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3436 |
Resumo: | A presente pesquisa objetivou investigar como as mães representam a entrada da criança de seis anos no Ensino Fundamental, assim como a representação que têm da alfabetização nas turmas de seis anos, buscando verificar se há influência de sua parte sobre o trabalho das professoras neste quesito. O estudo desenvolveu-se por meio da abordagem qualitativa. Utilizaram-se como instrumentos de coleta de dados a observação, o questionário, a entrevista semiestruturada e o diário de campo. Os dados obtidos nas entrevistas foram analisados segundo a técnica de Análise de Conteúdo. O lócus da pesquisa constituiu-se de duas escolas da rede pública municipal de educação da cidade de Muriaé Minas Gerais. Os sujeitos pesquisados foram seis mães e cinco professoras regentes do 1º ano de escolaridade obrigatória. Os resultados indicaram uma tendência por parte das mães em associar o atual primeiro ano de escolaridade à antiga primeira série, o que as leva, em muitos momentos, a depositar sobre a criança de seis anos e sobre o trabalho da escola as mesmas expectativas de aprendizagem e desenvolvimento antes depositadas nas crianças de sete anos. Dentre as principais expectativas das mães quanto à entrada da criança de seis anos no Ensino Fundamental, destaca-se a ruptura com as práticas atribuídas à Educação Infantil, a aprendizagem da leitura e escrita, bem como o afastamento da rua e da criminalidade. Há, por parte das mães, o desejo e a satisfação em ver os filhos lendo e escrevendo, mesmo que sejam apenas palavras simples, já no primeiro ano de escolaridade. A maioria delas demonstrou compreender a existência das especificidades da criança de seis anos, dentre elas a ludicidade, assim como a compreensão das diferenças individuais de cada criança. No entanto, algumas mães apresentaram uma visão de alfabetização ao longo do primeiro ano de escolaridade como sendo uma meta para os filhos. A justificativa para tal postura pauta-se no fato de não haver mais a reprovação, o que para elas poderá prejudicá-los caso passem para o ano seguinte sem estarem alfabetizados. Quanto à relação família e escola, foi possível observar que esta ainda necessita ser estreitada. As mães afirmam compreender a importância da participação na vida escolar dos filhos, no entanto, algumas delas confessam não disporem do tempo necessário para acompanhá-los como deveriam. Todas mencionaram o fato de já terem, em algum momento, conversado com a professora sobre a aprendizagem da leitura e escrita; todavia, apenas uma delas demonstrou exercer acompanhamento mais sistemático sobre o trabalho da professora. Todas as professoras confirmaram o fato de haver interesse das famílias em torno da alfabetização dos filhos no decorrer do primeiro ano, contudo, consideram que tal fato não exerça influência sobre o seu trabalho. Para as professoras esse interesse está relacionado a outros fatores que de fato influenciam mais na relação de algumas famílias com a escola, como a falta de acompanhamento e colaboração, a falta de diálogo e as comparações feitas entre as diferentes crianças e o trabalho da escola com o de outras. |