Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Maggi, Danila Orbea |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04082011-144024/
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Resumo: |
O processo de alfabetização de uma pessoa, ainda nos dias atuais, é algo intrigante, fascinante e, por vezes, misterioso. Inúmeras são as publicações a respeito do tema, porém novos questionamentos surgem e mobilizam novas investigações, novas hipóteses. A presente pesquisa foi inicialmente motivada pelo intrigante questionamento: crianças que convivem diariamente com suas famílias tem maior facilidade de aprendizagem durante o processo de alfabetização? Para tentar respondê-lo, o caminho percorrido foi o de confrontar-se com a realidade de uma sala de alfabetização diferente: situada numa instituição filantrópica, sem fins lucrativos, com crianças de cinco e seis anos em situação de risco. Algumas dessas crianças permaneciam na instituição durante a semana e só iam para suas casas aos finais de semana. Outras apenas passavam o dia na escola, iam para suas casas à noite. Esta instituição foi responsável por suprir as necessidades dessas crianças em diversos âmbitos: social, cultural, de saúde, de alimentação, de moradia, de segurança e o mais importante: no âmbito educacional, fornecendo os elementos necessários para o favorecimento do processo de alfabetização da criança. O contato com essas crianças teve duração de um ano letivo, suficiente para visualizar ações e até estabelecer algumas relações. Na tentativa de compreender aquilo que foi observado, buscou-se o aporte teórico fornecido pelas publicações de Emilia Ferreiro, Ana Teberosky e Magda Soares, no que diz respeito ao processo de alfabetização especificamente e, para compreender o conceito de família, buscou-se aporte em Philippe Áries, que demonstra a historicidade deste conceito através de uma análise iconográfica e Françoise Héritier, que procura delinear o conceito sob a ótica da Antropologia, desmistificando o mito da família desestruturada, assim como Lévi-Strauss e As estruturas elementares do parentesco. Para tratar da interação entre as duas instituições, o principal autor foi Vygotsky. Após alguns encontros e desencontros, foi possível estabelecer a relação entre os dois conceitos e até encontrar um novo elemento: as funções que a família desempenha. Sem pretensão de esgotar o tema o presente trabalho sugere novos olhares e questionamentos para a o tema da relação família-escola. |