Sexualidades dissidentes, subjetividade e Instagram: estudo de caso com jovens kinksters
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Economia Doméstica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29762 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.366 |
Resumo: | A ampliação do uso da internet contribuiu para a popularização das redes sociais, serviços que permitem interação síncrona e troca de informações. Com os jovens passando cada vez mais tempo on-line, esses espaços também se tornam palco de explorações românticas, busca de informações sobre saúde sexual e agendamento de encontros. Especialmente para as sexualidades dissidentes, marginalizadas dos processos de educação em sexualidade formais das escolas, a internet se constitui como espaço para busca de informações e encontro com seus pares. Nesse hall de sexualidades, o kink, ligado a práticas, atividades e identidades sexuais fetichistas, encontra nas redes sociais espaços possíveis para uma expressão mais aberta e relativamente livre do estigma vivenciado em outros ambientes sociais, propiciando a formação de comunidades on-line e a utilização das redes com a finalidade sexual. Destacando-se mundialmente, a rede social Instagram conta com milhões de usuários pelo mundo, no entanto existe uma escassez de pesquisas que tratem do seu uso pelos kinksters. Assim, refletir sobre a midiatização da sociedade a partir do uso da internet e das redes sociais, e sobre essas influências em nosso modo de vida, evoca algumas questões: como os jovens utilizam as redes sociais na construção subjetiva da sua sexualidade? Quais as suas percepções dos usos dessas redes para a finalidade sexual? Como as utilizam como compensação a deficiência das discussões em torno de sexualidades dissidentes? Como o Instagram atua como espaço de subjetivação da sexualidade para esses jovens? Desse modo, o objetivo geral desta pesquisa foi compreender como os jovens da dissidência sexual kink produzem sentidos e configurações subjetivas acerca da sua sexualidade na rede social Instagram. Buscou-se: 1) conhecer como os jovens utilizam o Instagram como uma rede sócio-sexual; 2) compreender como os jovens gerenciam o estigma relacionado às práticas kinky no Instagram; 3) analisar os processos de desenvolvimento da sexualidade vivenciados por esses jovens. Para tal, a pesquisa utilizou como suporte teórico a Teoria da Subjetividade, apoiando-se na Metodologia Construtivo- interpretativa e na Epistemologia Qualitativa de González Rey. Desenvolveram-se dois estudos de caso com jovens (23 e 26 anos) que possuem um perfil na rede social Instagram associado à sua identidade e/ou práticas kinky. Os instrumentos utilizados foram a entrevista, o complemento de frases e a observação dos perfis dos participantes na rede social. O processo construtivo-interpretativo levou à elaboração de indicadores e hipóteses que possibilitaram compreender como a sexualidade se configura subjetivamente nos participantes, como a utilização da rede mobiliza exposição, privacidade, estigma e criação de comunidades e como tensiona as relações existentes na família. As discussões contribuem para a compreensão dos aspectos singulares do desenvolvimento da sexualidade a partir da utilização do ciberespaço por jovens. Palavras-chave: Sexualidade. Subjetividade. Instagram. Kink. |