Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fontes, Luiz Felipe Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20534
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Resumo: |
A concentração de CO2 atmosférico tem aumentando gradativamente nos últimos séculos, sendo observado para o planeta Terra atualmente o nível mais elevado de CO2 dos últimos 800.000 anos. Espera-se que esta concentração aumente ainda mais devido à dependência dos combustíveis fósseis e à taxa de crescimento da população mundial, podendo chegar até o ano de 2100, a concentração médias de 985 ppm (794 - 1142 ppm), juntamente com o aumento na temperatura entre 1,8 e 5,0 °C em algumas regiões do globo. O aumento na concentração do CO2 atmosférico promove, em geral, um acréscimo na taxa fotossintética, síntese de biomassa e na eficiência do uso da água, além da diminuição da condutância estomática e transpiração dos vegetais. Por outro lado, observa-se um aumento na temperatura e alteração na disponibilidade hídrica, podendo aumentar a fotorrespiração e reduzir o ganho líquido de carbono em plantas C3. Nas culturas florestais, responsáveis por grande parte da assimilação de carbono, o aumento na concentração de CO2 é de grande importância. Diante disso,objetivou-se obter respostas ecofisiológicas em árvores jovens de eucaliptos submetidas a ambiente enriquecido de CO2 e aquecimento em sistemas MINIFACE e MINI T-FACE. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa com a utilização de dois clones pertencentes a empresa Celulose Nipo-Brasileira CENIBRA no período de maio e junho de 2017. Os resultados foram apresentados analisando-se o efeito isolado do aumento da concentração de CO2 no ambiente e o efeito do aumento da concentração de CO2 em ambiente aquecido. Quando analisado o efeito do enriquecimento com CO2, nota-se que em condições de temperatura normais de ambiente, a taxa fotossintética para o tratamento com enriquecimento de CO2 chega a superar 30,0 % os valores obtidos pelo tratamento testemunha. A condutância estomática não apresentou uma tendência definida, em que se verifica uma redução nos valores de abertura estomática em ambiente enriquecido com CO2 . Dessa forma, a maior concentração de CO2 induziu uma maior taxa de transpiração, implicando em redução na eficiência do uso da água. O efeito do CO 2 na resposta das plantas à luz promoveu aumentos na eficiência quântica (17,0 %) e nos níveis de saturação lumínica (24,0 %). A variação de altura e diâmetro do caule foi observada para o tratamento submetido ao enriquecimento de CO2 , chegando a 14,1 % e 14,5 % superiores, respectivamente, quando comparado a testemunha. As plantas sob condições de enriquecimento de CO2 apresentaram valores superiores de biomassa seca para caule, raiz e peso seco total, apresentando médias finais de 9,9 %, 22,9 % e 18,1 % superiores respectivamente a testemunha. Quando o ambiente foi aquecido (+2 oC) e sob alta concentração de CO2 , verifica-se que a condutância estomática, as taxas fotossintética e de transpiração apresentaram resultados condizentes com o consenso científico. Para a condutância estomática, foi observado que as testemunhas apresentaram valores 21,1 % superiores ao tratamento enriquecido com CO2 sob temperatura elevada. Em relação as variáveis morfológicas, o comportamento foi semelhante ao estudo sem aumento na temperatura, em que o enriquecimento de CO2 alterou a altura, diâmetro do caule, peso seco do caule e o peso seco total das plantas. Ao se analisar o efeito da temperatura em ambientes enriquecidos de CO2 verificou-se, ao final do experimento uma tendência ao tratamento em temperatura ambiente em apresentar maiores taxas fotossintéticas. No entanto, ocorreram diferenças significativas em relação aos tratamentos enriquecidos com CO2 sem e com elevação de temperatura para condutância estomática e transpiração, tendo o tratamento com temperatura adicional apresentado valores inferiores para condutância estomática e superiores para a transpiração. Com isso, o aumento da concentração de CO2 ocasiona maior ganho de biomassa, levando a um melhor desenvolvimento inicial da cultura. |