Respostas ecofisiológicas de plantas ocorrentes no cerrado frente à elevada concentração de CO2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Melo, Nayara Magry Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7007
Resumo: O Cerrado apresenta-se como o segundo maior domínio fitogeográfico brasileiro sendo superado em área apenas pela Amazônia. As mudanças nos padrões de precipitação, secas e enchentes são eventos claros das alterações climáticas do planeta que poderão influenciar todos os ecossistemas naturais. Com o aumento da concentração de CO2 ([CO2]) atmosférico previsto devido às mudanças climáticas globais (MCG), as espécies C3 e C4 poderão apresentar respostas ecofisiológicas que em curto prazo serão positivas, porém, em longo prazo devido às características de cada ambiente essas respostas poderão se alterar. O objetivo deste estudo foi o de determinar as respostas ecofisiológicas de três espécies ocorrentes no Cerrado: uma herbácea invasora com metabolismo fotossintético C4 (Melinis minutiflora P. Beauv.), uma espécie lenhosa endêmica C3 (Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne) e uma espécie lenhosa generalista C3 (Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong.). Os experimentos foram realizados em câmaras de topo aberto localizadas na UFV, Campus Florestal. No primeiro capítulo foram mantidos nove indivíduos de H. stigonocarpa distribuídos em três parcelas com M. minutiflora nas densidades 0% (sem a presença de M. minutiflora), 50% (140 sementes em 0,84m2) e 100% (280 sementes em 0,84m2) em dois tratamentos com diferentes [CO2] (380 ppm e 700 ppm). Foram encontradas nas plantas de H. stigonocarpa respostas positivas ao aumento da [CO2] independente da ausência ou presença de M. minutiflora. Houve aumento das trocas gasosas, eficiência quântica efetiva do fotossistema II, dos índices de conteúdo de clorofila e crescimento. No segundo capítulo foram mantidos 20 indivíduos de E. contortisiliquum em vasos plásticos em dois tratamentos com diferentes [CO2] (380 ppm e 700 ppm). As plantas de E. contortisiliquum responderam de forma positiva ao aumento da [CO2] em seu desenvolvimento inicial, com aumento das trocas gasosas, índice de conteúdo de clorofila b e total, crescimento e massa seca da raiz. Conclui-se que as plantas de H. stigonocarpa (C3) com o aumento da [CO2] serão beneficiadas nas relações competitivas com as plantas de M. minutiflora (C4) e que as plantas de E. contortisiliquum deverão apresentar respostas ecofisiológicas positivas devido ao efeito isolado do aumento da [CO2].