O efeito contágio da crise do subprime no mercado acionário brasileiro
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos Mestrado em Economia Aplicada UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/59 |
Resumo: | A crescente integração e globalização das finanças, que possibilitaram o aumento da liquidez da economia internacional, foram acompanhadas por cenários instáveis gerados pelas crises financeiras. Estas crises, por sua vez, foram transmitidas, principalmente, para economias emergentes, caracterizadas pela maior fragilidade frente aos movimentos de aversão ao risco e busca pela liquidez. Diante da crise internacional do subprime, transmitida para a economia brasileira após a quebra do banco americano Lehman Brothers, é relevante analisar em que medidas os choques ocorridos no mercado acionário americano contagiaram os diversos segmentos deste mercado no Brasil. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo analisar o efeito contágio da crise financeira internacional sobre os índices do mercado de ações do Brasil. Especificamente, pretendeu-se analisar a causalidade entre as variâncias dos índices acionários dos mercados brasileiro e americano e investigar o contágio para os índices acionários dos setores de telecomunicações, energia elétrica, industrial, consumo, financeiro e imobiliário do mercado acionário brasileiro. A análise empírica proposta neste trabalho foi baseada nos modelos de volatilidade condicional, em especial no modelo GARCH (General Autoregressive Conditional Heteroscedasticity) multivariado. Tal modelo possibilitou analisar o efeito contágio da crise financeira do subprime para o mercado acionário brasileiro, ao permitir o estudo do padrão das volatilidades e co-volatilidades durante o período de instabilidade financeira. O teste de Causalidade na Variância, a partir de modelos GARCH univariados, buscou verificar a ocorrência de aumentos na volatilidade entre os mercados brasileiro e americano em determinados períodos. Os resultados identificaram causalidade do índice americano para os índices acionários brasileiros, no sentido de ter provocado um aumento na volatilidade do mercado brasileiro. Em relação à análise do contágio financeiro para o mercado acionário do Brasil, a estrutura das covariâncias estimadas, a partir dos modelos GARCH-BEKK, entre os anos de 2007 e 2010, mostrou claras evidências de contágio em todos os índices considerados. No período caracterizado pela crise financeira internacional, houve uma elevação da covariância entre os índices do mercado norte-americano e brasileiro. Os Índices Imobiliário e Financeiro apresentaram os maiores contágios entre todos analisados, refletindo as perdas das indústrias de construção civil, somadas à escassez de crédito interno e externo. Os demais índices analisados mostraram um aumento de menor magnitude na covariância com o mercado americano, sugerindo um menor contágio da crise para estes índices. Cabe ressaltar a importância da adoção de medidas anticíclicas por parte do governo brasileiro ao reduzir os impactos da crise financeira para a economia brasileira, principalmente para aqueles setores da economia real que mais sofreram os impactos do contágio no mercado acionário. |