Memórias e experiências de professoras alfabetizadoras: saberes e aprendizagens
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29133 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.201 |
Resumo: | O campo de estudos sobre a formação de professores tem crescido substancialmente nos últimos 20 anos, o que pode ser constatado, dentre outros fatores, pelo considerável aumento das produções científicas sobre a temática, pela utilização de metodologias próprias para os estudos e pela melhor definição do seu objeto de estudos – o professor. Uma das principais tendências observadas a partir dos anos 2000 foi o crescente interesse dos pesquisadores em estudar a figura do professor, seus saberes, suas práticas, suas representações e suas opiniões. A presente pesquisa se inseriu nesse contexto, localizando no professor e na sua experiência um lócus para elucidar a principal questão deste estudo: como as professoras aprendem a alfabetizar? Buscou, portanto, explorar aspectos da formação e da prática docente de professoras alfabetizadoras, no intuito de compreender como ocorre essa aprendizagem, bem como quais saberes são mobilizados nesse contexto. Além dessa fonte, a pesquisa contou com um referencial teórico que abordou: os modelos e paradigmas da formação de professores, com autores como Saviani (2008), Diniz-Pereira e Soares (2019), Zeichner (2013), dentre outros, e as aprendizagens, os saberes e os conhecimentos desenvolvidos pelos professores no exercício profissional da docência, em que autores como Schulman (1986; 1997), Schön (2000), Tardif (1991), Mizukami (2004), Pimenta (2007), dentre outros, foram trazidos para as discussões. As outras vozes que se somaram a esta dissertação foram as de quatro professoras que atuam na educação infantil e no ensino fundamental. Com o intuito de recorrer às memórias e experiências dessas professoras acerca de seus saberes e conhecimentos, nos valemos do instrumental da entrevista narrativa, no sentido de refletir sobre quais os saberes da formação e da prática profissional fundamentam as suas práticas de alfabetização e/ou letramento e que fomentam a sua aprendizagem da docência. Em razão do contexto da pandemia do SARS-CoV-2, as entrevistas foram realizadas de forma on-line, por meio da plataforma Google Meet. Acreditamos que as memórias e experiências ligadas à formação e à constituição dos saberes que se articulam e emergem de sua prática docente foram fonte fundamental para refletir sobre como essas professoras aprendem a alfabetizar. A análise das entrevistas narrativas nos possibilitou delinear três saberes que são mobilizados por essas professoras: o saber teórico e prático da formação, o saber compartilhado entre pares e o saber da condição do aluno. Também nos possibilitou compreender que as professoras mobilizam diferentes espaços, conhecimentos, saberes e interações para constituir sua atuação docente, de modo que sua aprendizagem da docência não finda no momento da formação inicial, mas permeia o espaço da atuação docente e nele continua se desenvolvendo. Além disso, pudemos compreender que as práticas de alfabetização e letramento exercidas pelas professoras transpassam o período previsto para o ciclo de alfabetização dos alunos do ensino fundamental I, de forma que elas lançam mão dessas práticas mesmo na educação infantil e nos anos finais do ensino fundamental. Sendo assim, entendemos que para dar conta da sua atuação o professor não se vale de um único saber em suas práticas, mas de uma mescla de suas aprendizagens, que estão ligadas ao planejamento de suas atividades, às questões organizacionais do ambiente escolar, às relações engendradas com os pares, bem como a todo conhecimento teórico e também prático construídos no tempo da formação inicial. Portanto, os professores aprendem a alfabetizar à medida que adentram a profissão, se relacionam com seus pares e com os alunos e relacionam seus conhecimentos teóricos e práticos para elaboração e execução de suas atividades. Palavras-chave: Alfabetização e letramento. Formação de professores. Pesquisa narrativa. |