Desempenho de três espécies arbóreas nativas cultivadas em biournas contendo cinzas
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Fitotecnia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32799 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.185 |
Resumo: | A prática da cremação, que consiste na incineração de cadáveres humanos e de animais, tem crescido muito nos últimos anos devido à redução dos custos do serviço e também pela oferta limitada de sepultura nos cemitérios convencionais. Um problema a ser resolvido após esse processo é a destinação final das cinzas provenientes da cremação. Além do problema residual, há questões de ordem cultual e religiosa que precisam ser equacionadas, o que dificulta uma solução simples para a questão. Neste contexto, surgiram as biournas, que são recipientes biodegradáveis, em forma de vaso, nos quais se depositam cinzas de cremação associadas a substratos comerciais para plantas com intuito de se cultivar uma espécie arbórea, reinserindo no ciclo biológico os minerais do cadáver cremado. Entretanto, os modelos comerciais disponíveis de biournas não são funcionais visto que a proporção quantitativa de substratos e cinzas, além do formato e tamanho dos recipientes comercializados não permitem o adequado desenvolvimento radicular ocasionando a morte da planta ainda na fase de muda. Logo, é necessário estudar o efeito do elevado teor de cinzas no desenvolvimento de espécies arbóreas nativas, bem como novos modelos de biournas para viabilizar essa estratégia de reinserção das cinzas da cremação no ciclo biológico. Neste sentido, objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito de doses crescentes de cinzas no desenvolvimento de três espécies arbóreas nativas (Experimento- Expto. 1); avaliar sistemas de cultivos em vasos adaptados a novos formatos de biourna (Expto. 2) e desenvolver um novo conceito de biourna (Expto. 3). Para isso, foram desenvolvidos uma série de ensaios preliminares a fim de estabelecer e entender o comportamento radicular das mudas na presença de impedimentos físicos (compartimentos da biourna) e químicos (elevada concentração de cinzas), a partir dos quais realizou-se 2 experimentos com base estatística para subsidiar um novo modelo de biourna proposto, como segue: Expto. 1 – Foi avaliado o efeito de cinco doses de cinzas adicionadas ao substrato de mudas as quais foram cultivadas por 1,5 anos em casa de vegetação a fim de se verificar se haveria danos físicos às raízes ou sintomas de fitotoxidez, ou deficiência induzida por desequilíbrio nutricional nas mudas. Expto. 2 – Foram avaliados três sistemas de cultivo de mudas em casa de vegetação a fim de se verificar se haveria danos físicos às raízes ou sintomas de fitotoxidez, ou deficiência induzida por desequilíbrio nutricional nas mudas. Para isso utilizou-se um tratamento controle sem impedimento físico-químico para crescimento da muda, e dois tratamentos testando variações da biourna já previamente adaptada nos ensaios preliminares e utilizadas no BioParque®. Por fim, no Expto. 3, implementou-se as melhorias e adaptações necessárias à biourna em desenvolvimento em novo protótipo de biourna. Como resultados principais identificou-se no Expto. que, independentemente da dose de cinza compartimentalizada no fundo da sacola, as mudas apresentaram crescimento e desenvolvimento pleno, sem manifestar sintomas de deficiência ou desequilíbrio nutricional, sugerindo que elevadas concentrações de cinzas localizadas não afetam de forma significativa o desenvolvimento das espécies estudadas. No Expto. 2, observou-se que os sistemas de biournas previamente adaptados nos ensaios preliminares foram efetivos em proporcionar o pleno desenvolvimento das mudas sugerindo que um novo modelo de biourna pudesse ser desenvolvido. No Expto. 3 foi feito um novo protótipo de biourna a fim de se viabilizar nova patente: Biourna BioParque®. Conclui-se que as cinzas concentradas e compartimentalizadas em sistemas de biournas adaptadas pelo BioParque permitem pleno desenvolvimento das mudas resultando em novo modelo de biourna passível de patente: Biourna BioParque®. Palavras-chave: Cremação; Espécies florestais; Substrato; Urna mortuária. |