Armadilhas do corpo: uma leitura de gênero em Isabel Ferreira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Franciane Conceição da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Estudos Linguisticos e Estudos Literários
Mestrado em Letras
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4895
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo estudar o romance O guardador de memórias (2008), da escritora angolana Isabel Ferreira. Nesse contexto, na leitura crítica da obra, inicialmente, atentou-se ao processo de desterritorialização da linguagem das personagens Kiluva e Ana Medrante, que se libertam através de um discurso de insubmissão. Para essa análise, nos embasamos nas teorias de Deleuze e Guattari, presentes no seu livro Kafka, por uma literatura menor (1977). Além da crítica das personagens femininas, analisamos também os personagens masculinos Kafrique e Hunende, homens que se veem impelidos em redefinir sua subjetividade perante a liberdade das mulheres. Para uma melhor compreensão do contexto em que se enuncia a voz da autora, discutimos o processo de formação e solidificação da literatura angolana. Desse modo, considerando-se o longo percurso percorrido pelas mulheres para que fossem reconhecidas como autoras de suas próprias historias, fizemos uma breve trajetória do movimento feminista, trazendo à tona uma abordagem do feminismo negro, embasando-nos nas teorias de bell hooks. Para complementar essa abordagem, trouxemos uma discussão sobre a crise de identidade do homem contemporâneo, que ao se deparar com a emancipação feminina, viu-se obrigado a rever os seus papéis na sociedade patriarcal. Assim, as abordagens desenvolvidas nessa dissertação pretendem, sobretudo, fazer ouvir a voz das mulheres negras, escritoras ou não, que foram submetidas a um processo de exclusão e silenciamento durante toda a sua história.