Análise das hospitalizações e óbitos por síndrome respiratória aguda grave devido à COVID-19 entre crianças e adolescentes brasileiros
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31252 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.252 |
Resumo: | A infecção pelo novo coronavírus é uma doença infectocontagiosa que foi responsável por uma pandemia iniciada em 2020 e com alta transmissibilidade. Os pacientes infectados apresentavam em grande maioria sintomas gripais leves, como febre, coriza, tosse, porém, alguns apresentavam quadros exuberantes e necessitavam de internação. Os grupos de risco para complicações e óbitos constituem-se de idosos, gestantes e pacientes crônicos, pouco se conhecendo sobre a doença na população pediátrica. Nesse contexto, o presente estudo tem por objetivos analisar o perfil das hospitalizações e fatores associados aos óbitos de crianças e adolescentes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19, no Brasil, e elaborar uma cartilha educativa para a prevenção da COVID-19 em crianças e adolescentes. Foram realizados dois estudos transversais, a partir dos dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) dos anos de 2020 e 2021. Analisaram-se as características sociodemográficas e clínicas, as taxas de hospitalizações e letalidade e a duração da hospitalização, considerando-se como desfecho a recuperação ou óbito. No Brasil, em 2020 e 2021, as crianças e adolescentes compreenderam 1,9% e 3,6% respectivamente, dos casos de SRAG-hospitalizados por COVID-19. Destes, 57,7% evoluíram com SRAG-crítico e 90% sobreviveram. A taxa de letalidade foi de 4,0%. As comorbidades se apresentaram em 40,8%, com predomínio da asma, doença neurológica crônica, imunodepressão e doença cardiovascular crônica. A principal sintomatologia foi febre, tosse, dispneia, desconforto respiratório e baixa saturação de oxigênio. Dentre os que apresentaram SRAG-crítico, 91,4% foram a óbito. Quanto às taxas de hospitalizações, houve maior prevalência das crianças, sobretudo com idade inferior a cinco anos, e da raça/cor parda. O tempo de hospitalização foi maior para os adolescentes com a doença crítica ou comorbidade. Apesar de menores taxas de hospitalização e óbitos que os adultos, são relevantes a prevalência, complicações e mortalidade pela COVID-19 na população pediátrica. O conhecimento do perfil de crianças e adolescentes hospitalizados por COVID-19 e dos fatores associados aos óbitos permite o direcionamento de ações de enfrentamento voltadas a essa população vulnerável. Palavras-chave: COVID-19. SARS-CoV-2. Síndrome respiratória aguda grave.Hospitalização. Criança. Adolescente. |