Fatores preditivos do óbito em pacientes idosos com Covid-19 : um estudo de caso controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Nataly Annes e
Orientador(a): MARQUES, Ana Paula de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Gerontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44977
Resumo: A pandemia da COVID-19 vem se apresentando como um grande problema de saúde pública, com número de óbitos ainda elevado, afetando em sua maioria indivíduos com idade avançada e comorbidades, sendo necessários mais esclarecimentos acerca dos fatores de risco para desfechos negativos. O presente estudo tem por objetivo analisar os fatores preditivos do óbito em pacientes idosos hospitalizados com COVID-19. Trata-se de um estudo de caso- controle não pareado, realizado em unidade hospitalar da rede pública de saúde do Estado de Pernambuco. A variável dependente correspondeu ao óbito e as independentes incluíram: dados sociodemográficos, clínicos (sintomas, complicações e comorbidades) e bioquímicos. Foram incluídos prontuários de pacientes idosos, de ambos os sexos, com SARS-CoV-2 confirmado após teste RT-PCR e desfecho da hospitalização sendo óbito (grupo caso) ou não óbito (grupo controle). Foram analisados 259 prontuários, nos quais prevaleceram idosos do sexo masculino, na faixa etária de 60 a 69 anos, cor da pele preta/parda, sem companheiro e residentes na Região Metropolitana do Recife. A prevalência de óbito da população foi em torno de 25%. Dentre as condições clínicas, a comorbidade mais prevalente foi a HAS (78%); a dispneia foi o sintoma mais comum (59,1%), e 34,7% dos idosos tiveram a SRAG como complicação. Na análise bivariada, as variáveis que apresentaram associação com o desfecho foram: cor da pele; presença de cardiopatias, DM, dispneia, febre, rebaixamento do nível de consciência; evolução para SRAG; alterações na contagem de linfócitos, neutrófilos e leucócitos; e relação neutrófilo/linfócito elevada. A análise multivariada revelou como fatores de risco para o óbito a cor da pele, o rebaixamento do nível de consciência e a evolução para SRAG. Estes determinantes poderão ser utilizados tanto para a estratificação de risco dos pacientes, como também para prognóstico e prevenção de desfechos clínicos negativos.