Crescimento de clone de eucalipto em espaçamentos amplos com variação na distância entre plantas na linha de plantio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barbosa, Rodolfo Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7298
Resumo: O objetivo do presente estudo foi subsidiar a escolha de arranjos espaciais de eucalipto em sistemas agroflorestais (SAF) com a análise do crescimento, produção e índice de área foliar (IAF) do componente arbóreo, produção de soja do consórcio, e análise econômica do sistema na região de cerrado, MG. O clone 58 foi implantado com a distância de 9,5 m entre linhas de plantio, com variação na distância entre plantas na linha de plantio (9,5 x 1,5 m; 9,5 x 2,0 m; 9,5 x 3,0 m e 9,5 x 4,0 m), em consórcio com soja (Glycine max (L.) Merrill). O experimento seguiu o delineamento inteiramente casualizado, com oito repetições e vinte plantas por repetição. O diâmetro à altura de 1,3 m (dap) e a altura média das árvores foi avaliada aos 14, 38 e 51 meses após o plantio. O IAF foi medido em três repetições, aos 15, 38 e 51 meses após plantio, nas seguintes posições: entre as plantas na linha de plantio (locais 1 e 6), debaixo da copa das árvores (locais 2 e 5) e na entrelinha onde foi implantada a cultura agrícola (locais 3 e 4). A produção de grãos de soja plantada na segunda estação chuvosa foi amostrada aos 23 meses de idade. Os critérios econômicos analisados foram o valor presente líquido (VPL), a taxa interna de retorno (TIR) e o benefício periódico equivalente (B(c)PE) com taxas de desconto de 8 e 10%. O crescimento em altura das árvores não foi afetado pelo arranjo de plantio (p>0,05). Os arranjos com maior distância entre plantas na linha de plantio apresentaram maior diâmetro (p≤0,05) e, consequentemente, maior volume por planta, além de ter tido maior proporção de árvores nas maiores classes de diâmetro. A área basal foi influenciada pelo diâmetro e número de plantas por área, e foi maior nos arranjos 9,5 x 1,5 m e 9,5 x 2,0 m. O volume por hectare foi maior no arranjo 9,5 x 1,5 m. O IAF médio aumentou 50,46 %, 109,09%, 347,22% e 172,88%, respectivamente, para os arranjos 9,5 x 1,5 m, 9,5 x 2,0 m, 9,5 x 3,0 m e 9,5 x 4,0 m, entre 15 e 38 meses; entre 38 e 51 não houve alteração no IAF médio. No arranjo 9,5 x 4,0m foram observados baixos valores de IAF em todas as idades de avaliação, o que implica maior transmitância da radiação solar no SAF, e possivelmente maior produtividade de soja consorciada neste arranjo espacial (2496,48 kg ha -1 ), assim como a menor competição pelas raízes devido ao menor número de indivíduos por unidade de área. Os arranjos espaciais 9,5 x 1,5 m e 9,5 x 2,0 m tiveram toda a madeira produzida destinada para energia. Estes arranjos não foram viáveis, economicamente, devido ao baixo valor de mercado pago à madeira destinada a esse uso. A implantação do SAF no arranjo 9,5 x 4,0 m teve o menor custo de implantação e maior lucro com a cultura de soja. O consórcio estudado tornou-se economicamente viável com a destinação da madeira para multiprodutos (energia + serraria), adotado nos arranjos 9,5 x 3,0 m e 9,5 x 4,0 m.