Capacidade antioxidante total da dieta e depressão em idosos: um estudo de base populacional em Viçosa, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Mary Anne Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9227
Resumo: Objetivou-se neste estudo avaliar a capacidade antioxidante total da dieta (CATd) e verificar sua relação com depressão em idosos do município de Viçosa (MG). Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, realizado com idosos não institucionalizados residentes nas zonas rural e urbana do município. As informações de consumo alimentar foram obtidas por meio de um recordatório de ingestão habitual e a partir deste, avaliou-se a CATd. A CAT foi avaliada a partir de alimentos e suplementos pelo ensaio ferric reducing antioxidant power (FRAP). A presença de depressão foi avaliada pelo uso de antidepressivo nos 15 dias anteriores à entrevista, comprovado pela apresentação de prescrições médicas, embalagens e\ou bulas. A análise estatística envolveu medidas descritivas, análise bivariada e multivariada. Para analisar a associação entre CAT e depressão foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta para a estimativa de razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95%. Foram estudados 620 idosos sendo a ingestão média de CAT ajustada por energia (apenas alimentos) de 11,9 mmol/dia (dp= 7,1) e 35,2 mmol/dia para CAT a partir de alimentos e suplementos (dp= 215,9). Os suplementos que mais contribuíram para a CAT foram vitamina C (74,3%), vitamina E (20,8%) e ginko biloba (4,5%). Os alimentos que mais contribuíram para a CATd nesta população foram café, couve, laranja, polenta e feijão. Observou-se menor prevalência de depressão no maior tercil de CATd, comparado ao menor no modelo ajustado para sexo e idade. Entretanto, na análise multivariada essa associação não permaneceu estatisticamente significante. Observou-se também, uma menor prevalência de depressão no tercil mais elevado de CAT proveniente de alimentos e suplementos em comparação ao mais baixo, entretanto sem significância estatística. Nossos resultados sugerem que os antioxidantes provenientes da alimentação e de suplementos não estão associados com menor prevalência de depressão entre os idosos estudados. Além disso, revelam a necessidade de implementação de estratégias nacionais objetivando a melhora da qualidade da dieta de idosos, com aumento do consumo de diferentes grupos alimentares e consequentemente, ingestão de diferentes compostos com capacidade antioxidante, o que contribuirá para uma melhor CATd.