Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Morais, keila Bacelar Duarte de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6364
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Resumo: |
A Síndrome Metabólica (SM) é uma condição reconhecida pela ocorrência de múltiplas alterações metabólicas. Estudos têm identificado associações entre indicadores antropométricos e risco cardiometabólico em idosos. No entanto, ainda são escassos estudos que investiguem pontos de corte desses indicadores como preditores de fatores de risco cardiometabólicos e da SM para a população de idosos. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a capacidade preditiva de indicadores antropométricos como preditores da SM em idosos bem como avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do perímetro da cintura (PC) à partir de cinco modelos de risco cardiometabólico. Foi realizado estudo transversal com idosos cadastrados nas Estratégias Saúde da Família (ESFs) de Viçosa- MG. A coleta de dados aconteceu em dois encontros. No primeiro foi coletado informações socioeconomicas dos idosos e foi realizada a avaliação antropométrica. Foi aferido o peso, a estatura, perímetro da cintura (PC) e perímetro do quadril (PQ). Foi calculado o índice de massa corporal (IMC), razão cintura quadril (RCQ), razão cintura estatura (RCE), índice de conicidade (IC) e índice de adiposidade corporal (IAC). No segundo encontro foi realizada a coleta sanguínea, para a avaliação dos parâmetros plasmáticos glicose, HDL e triglicerideos. Foi aferida a pressão arterial de repouso pelo método indireto auscultatório. A SM foi classificada segundo o critério harmonizado (JIS). Inicialmente foi avaliada a capacidade preditiva dos indicadores antropométricos sobre a SM. Posteriormente foram propostos cinco modelos de risco cardiometabólico, a partir da quantificação do número de componentes da SM, com a exclusão do PC, para avaliar a capacidade preditiva do PC sobre alterações metabólicas. Foram geradas curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) e seus respectivos intervalos de confiança de 95%.. Valores de sensibilidade (SE), especificidade (ES) e valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) foram calculados para cada indicador. O melhor ponto de corte foi o valor correspondente com a maior acurácia. Em relação ao sexo masculino todos os índices apresentaram capacidade preditiva sobre a SM, no entanto o IMC, RCE e RCQ são melhores preditores e equivalentes entre si, apresentam maior área sob a curva ROC (AUC). A capacidade preditiva do PC para os modelos de risco 2 e 5 foi semelhante com maiores áreas sob a curva ROC, pontos de corte equivalentes e maiores valores de SE, ES, VPP e VPN. Os modelos 3 e 4 também mostraram semelhança. Pontos de corte obtidos pelos modelos de risco cardiometabólico 2 a 5 não apresentam grandes discrepâncias entre si. Em relação ao sexo feminino, todos os índices apresentaram capacidade preditiva sobre a SM, porém os melhores preditores foram IMC e RCE, por maior AUC e por serem equivalentes entre si. O PC apresentou melhor capacidade preditiva para os modelos de risco 2 e 5 com AUC semelhantes entre si, com maiores valores de SE, ES, VPP e VPN. A capacidade preditiva do PC para os modelos 1, 3 e 4 foi razoável. Foi evidenciado como melhor ponto de corte o valor de PC > 85 cm. Há evidências de que RCE e IMC são bons preditores de SM em idosos, principalmente entre homens. Os pontos de corte identificados para mulheres são mais altos, portanto, mais específicos, aos propostos para adultos, os identificados para homens são mais baixos, mais sensíveis. Foi identificado pontos de corte mais altos para PC que os propostos para adultos. O incremento fisiológico da distribuição central de gordura com o avanço da idade parece apontar para valores de corte mais altos, úteis para identificar, de fato, alteração metabolic em idosos. |