Anfíbios anuros em fragmentos de Mata Atlântica no Sudeste do Brasil: riqueza e padrões de distribuição de espécies

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Oliveira, Eliana Faria de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biologia e Manejo animal
Mestrado em Biologia Animal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2217
Resumo: A anurofauna da Mata Atlântica está entre as mais conhecidas do país. A partir da atualização das listas de espécies de anuros de uma região de Mata Atlântica do sudeste do Brasil, e conseqüentemente, das suas distribuições geográficas, foi possível avaliar (i) a influência da altitude na riqueza de espécies, (ii) influência da distância na similaridade da anurofauna, e por fim (iii) influência da altitude e da continentalidade nos padrões de distribuição dos anuros. A atualização das listas se procedeu a partir de consultas às coleções herpetológicas ou dados cedidos por pesquisadores. O gradiente altitudinal, o qual variou de 200 a 2800 metros, foi dividido a priori em intervalos de 100 metros. Para analisar estatisticamente a influência da altitude na riqueza das espécies de anuros foi feita uma análise de regressão simples, com distribuição de Poisson, corrigida para a sobredispersão. A influência da distância sobre a distribuição da anurofauna foi avaliada através do teste de Mantel. A áreabiogeográfica estudada abriga 17% da riqueza de anfíbios anuros do Brasil e 35% da riqueza conhecida para a Mata Atlântica. Cerca de 9% das espécies se encontram em processo de descrição, 32% estão classificadas em algum grau de ameaça e/ou inclusas na categoria de Deficiente em Dados e 5% são endêmicas. A altitude influenciou significativamente o padrão de riqueza das espécies de anuros, com a presença de um pico de riqueza nos intervalos altitudinais de 600 e 700 metros. Este padrão altitudinal de riqueza foi correlacionado com espécies de baixada e de áreas montanhosas que exibiram restrita distribuição altitudinal e organismos que apresentaram distribuição altitudinal ampla. A área biogeográfica estudada apresentou valores baixos a intermediários de similaridade da anurofauna, sugerindo que a Mata Atlântica do sudeste do Brasil apresenta comunidades bem diferenciadas de anuros entre as áreas estudadas. As áreas litorâneas compartilharam maior número de espécies que as interioranas, e entre estas, houve maior similaridade entre as áreas de baixada e entre as áreas de altitude elevada. A partir das distribuições geográficas exibidas pelos anuros de uma porção da Mata Atlântica do sudeste do Brasil propõe-se a existência de três grupos de anuros: os litorâneos, os interioranos e os de ampla distribuição geográfica.