Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Aloirta Waldete de Castilho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28988
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Resumo: |
No Cerrado, os estudos para entender os padrões de distribuição, composição, riqueza e diversidade concentram-se na flora lenhosa. A flora herbáceo-subarbustiva é pouco estudada apesar de sua maior riqueza, importância na composição da paisagem e os aspectos ecológicos que a envolvem. Há muitas lacunas no conhecimento sobre essa flora a serem preenchidas. Uma abordagem que considera a influência da estrutura espacial na composição de espécies e das variáveis ambientais na distribuição das comunidades vegetais e, complementarmente, análises baseadas em filogenias pode ajudar a esclarecer o papel relativo dos eventos ecológicos e evolutivos experimentados pelas espécies na montagem das comunidades. Além disso, a seleção de áreas prioritárias apoiada na diversidade filogenética tem se mostrado mais representativa e promissora para a conservação. Para investigar o padrão de distribuição, riqueza e diversidade evolutiva das espécies da flora herbáceo-subarbustiva do Cerrado foi compilado um banco de dados com 4.714 espécies herbáceo-subarbustivas georreferenciadas. Com dados de presença/ausência das espécies combinados com as 39 variáveis geoclimáticas detectamos a influência das variáveis espaciais e ambientais na distribuição dessa flora. A análise de partição de variância revelou a contribuição relativa da fração ambiental (1%), da ambiental espacialmente estruturada (2%), da fração espacial pura (14%) além da fração não explicável (83%) na composição das espécies. O padrão de distribuição observado, possivelmente, se deve a complexidade e heterogeneidade que envolve a distribuição das espécies herbáceo-subarbustivas influenciadas pelas variáveis climáticas marcantes do Cerrado (estacionalidade e temperatura) e do ciclo de carbono orgânico do solo. Além disso, as espécies dessa flora são bem adaptadas e com diferentes estratégias para superar as condições impostas pelo período seco e as altas temperaturas. Como esperado a riqueza ficou concentrada em áreas de fitofisionomias mais abertas. Para identificar os hotspots de diversidade para a conservação dessa flora foram calculados cinco métricas de diversidade: Riqueza em espécies (SR); diversidade filogenética (PD); tamanho do efeito padronizado da PD (ses.PD); distinção evolutiva (ED) e a distinção evolutiva ponderada biogeograficamente (BED). A distribuição espacial das métricas de diversidade revelou as áreas com alto nível de diversidade, os grids hotspots, e apontaram áreas prioritárias para a conservação. Os padrões de SR, PD e BED foram similares, enquanto, o ses.PD e o ED tiveram padrões dispersos e diferentes entre si. A maior concentração de grids hotspots ocorreu nas áreas centrais do bioma, onde predomina o cerrado stricto sensu e alguns outros pelas áreas marginais em contato com outros biomas. A quantidade de espécies sem registros em UCPIs, e os percentuais de espécies ameaçadas e não avaliadas foram maiores do que com registros em UCPIs. Os resultados obtidos indicam uma grande diversidade de linhagens, supostamente com uma gama de traços filogenéticos que permitiu as espécies dessa flora explorar, permanecer e propagar-se nos mais diversos ambientes. As áreas com sobreposição de grids hotspots, fora das UCPIs e em áreas de estabilidade climática merecem especial atenção para conservação de uma flora negligenciada e sob forte ameaça antrópica. Palavras-chave: Padrão espacial. Partição de variância. Hotspots de diversidade. Unidades de conservação. |