Ai de ti, Yorick Brown: a paródia do drama shakespeariano como evolução das histórias em quadrinhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pereira, Leonardo Vinícius Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6395
Resumo: O impacto das peças do dramaturgo William Shakespeare na cultura mundial pode ser sentido pelas recorrentes revisitações à elas, seja na forma de adaptações das mesmas para diversos meios ou em obras que as referenciem ou retrabalhem de alguma forma. O mesmo pode ser dito das histórias em quadrinhos, que desde a infância do gênero se utilizou dos enredos de Shakespeare em transposições ilustradas e também na forma de citações e menções à sua obra e figura. Entretanto, o meio dos quadrinhos acabaria por se beneficiar de outra forma dessa relação com a literatura, quando na década de 1960 – após um período de perseguição aos gibis por seu suposto papel no desvirtuamento da juventude – a editora estadunidense Marvel Comics passa a publicar revistas com temáticas fortemente influenciadas pelas obras de Shakespeare, alterando definitivamente o mercado de quadrinhos e seu status dentro da comunicação de massa. Esse tipo de adaptação paródica da literatura, notadamente direcionada à obra de Shakespeare e conforme as noções de autores como Gerárd Genette, Linda Hutcheon, Julie Sanders e Marjorie Garber, pode ser percebida ainda nos dias de hoje, de forma ainda mais amadurecida e inovadora, em obras como Y: O Último Homem, de Brian K. Vaughan e Pia Guerra, entre outras referências da cultura de massa guarda uma relação temática e narrativa com diversos clássicos da literatura – principalmente o Hamlet de Shakespeare. Dada essa simbiose entre os meios, a análise das histórias em quadrinhos se configura como uma opção válida e repleta de possibilidades na pesquisa acadêmica no campo da literatura.