Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Renata Andrade de Medeiros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/29156
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar a relação do sobrepeso/obesidade com os parâmetros nutricionais e do ambiente escolar, em crianças participantes do Programa Saúde na Escola, das escolas municipais de Palmas, Tocantins. Métodos: Estudo transversal realizado com amostra representativa das escolas públicas municipais de Palmas-TO (n=25) e de crianças de 2º e 4º ano matriculadas na rede municipal de ensino (n=1036). Coletou-se dados das crianças quanto ao consumo alimentar, atividades não sedentárias e sedentárias, deslocamento para a escola. Aferiu-se medidas antropométricas (peso, estatura e perímetro da cintura - PC), calculou-se o Índice de Massa Corporal para idade (estado nutricional: magreza/eutrofia e sobrepeso/obesidade) e a razão cintura estatura (risco cardiovascular - RCV: SRCV= sem RCV; CRCV= com RCV). Realizou-se o teste de aptidão cardiorrespiratória de caminhada de 6 minutos em 30 metros (T6M) e calculou-se o índice T6M/t (T6M dividido pela estatura). Coletou-se os dados do ambiente escolar quanto ao tipo de escola; número de alunos matriculados; aulas de atividade física; alimentação escolar; venda de alimentos no entorno escolar; horta escolar; e realização de ações de promoção da saúde, prevenção da obesidade infantil e avaliação do estado nutricional por profissionais da escola e da atenção primária à saúde. Para as análises estatísticas adotou-se nível de significância de α<0,05. Realizou-se análise descritiva, testes de normalidade, t-Student, Mann-Whitney, ANOVA, Qui-quadrado e Exato de Fischer. Comparou-se a capacidade respiratória do T6M com o T6M/t por correlação de Pearson e teste t-pareado. A força de associação entre as variáveis dependentes (dicotômicas: estado nutricional, RCV e linear: T6M/t) com as explicativas foram avaliadas utilizando regressão logística multinível (estado nutricional e RCV) e linear (T6M/t). Verificou-se os ajustes dos modelos pelo critério de informação Akaike (AIC) e teste de razão de verossimilhança. Para as variáveis dicotômicas realizou-se abordagem de heterogeneidade individual da análise dos efeitos contextuais específicos (oddsratio e intervalo de confiança de 95% - IC95%) e dos mecanismos mediadores dos efeitos contextuais gerais (Coeficiente de Correlação Intraclasse, odds ratio mediano e da área sob a curva característica de operação do receptor). Para a variável linear utilizou-se o coeficiente de regressão intraclasse e IC95%. Resultados: A mediana de idade foi de 8 anos, sendo 54,9% do sexo feminino, 27,8% com sobrepeso/obesidade, 10,8% CRCV. A média da T6M foi de 459,84±67,53m e do T6M/t de 343,28±51,29, que tiveram correlação positiva e diferença entre as médias. Na regressão logística multivariada a variância do sobrepeso/obesidade entre as escolas explicou 23,7% da variação, com mais chance de desenvolver sobrepeso/obesidade quando a criança realizava >2 atividades sedentárias/dia, a localização da escola, e venda de doces no entorno escolar, e menos chance quando a criança realizava >5 refeições/dia e praticava dança na escola. A variância do RCV entre as escolas explicou 85% da variação, com mais chance de apresentar RCV quando a criança realizava >2 atividades sedentárias/dia e menos chance de acordo com o T6M/t, consumo de porções de frutas, e de leite e derivados, e nos que estudavam em tempo integral. Na regressão linear multivariada a variância de T6M/t entre as escolas reduziu entre os modelos, sendo associado negativamente com PC, e positivamente com horta escolar. Conclusões: Verificou-se que a escola explica a variância do desenvolvimento do excesso de peso, RCV e aptidão cardiorrespiratória das crianças em mais de 50%. Portanto, deve-se avaliar o tempo de permanência das crianças na escola por propiciarem melhor infraestrutura, mais atividade física e 3 refeições/dia, além de coibir a venda de alimentos ultraprocessados no entorno escolar, fatores esses que evidenciaram estar relacionada com o desenvolvimento do excesso de peso, RCV e melhora do índice T6M/t. As variáveis individuais e contextuais propiciaram o desenvolvimento de sobrepeso/obesidade e RCV das crianças, além de influenciar na aptidão cardiorrespiratória. Portanto, verificou-se a necessidade de que o aumento da prática de atividade física e promoção da alimentação saudável sejam desenvolvidos em políticas e programas de saúde intersetoriais e incluídos no currículo escolar para o enfrentamento da obesidade infantil. Palavras-Chave: Obesidade infantil. Risco cardiovascular. Capacidade funcional. Ambiente escolar. Estado nutricional. Consumo alimentar. Atividade física. Educação alimentar e nutricional. Atenção primária á saúde. Escolas. |