Efeitos da prática da natação sobre fatores de risco cardiovascular e aptidão física em crianças e adolescentes eutróficos e com excesso de peso
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19132 |
Resumo: | Este estudo avaliou o efeito da prática de natação sobre fatores de risco cardiovascular, tradicionais e não tradicionais, e aptidão física em crianças e adolescentes em idade escolar, com e sem excesso de peso. Ao todo, 49 crianças e adolescentes entre 8 e 15 anos de idade (26 meninas) foram recrutados e submetidos a avaliações clínicas, antropométricas, laboratoriais (metabolismo energético e inflamatório), dos níveis de atividade física, aptidão cardiorrespiratória e modulação autonômica, antes e após 3, 6 e 12 meses de intervenção com prática de natação. A distribuição da gordura abdominal e espessura da camada íntima média das carótidas foram avaliadas por ultrassonografia. A função endotelial foi avaliada por meio da tonometria arterial periférica e pletismografia de oclusão venosa. A prática de natação consistiu em sessões de 50 min, realizadas duas vezes por semana, incluindo exercícios aquáticos de adaptação, flutuação, respiração e deslocamento, além das técnicas dos quatro estilos de natação. O acompanhamento ambulatorial consistiu em quatro consultas clínicas e de orientação nutricional. Os participantes foram classificados em grupos de acordo com a intervenção e o Z-escore do índice de massa corporal (Z-IMC): natação eutrófico (NEU: n = 14); natação excesso de peso (NEP: n = 20); sedentário excesso de peso (SEP: n = 15), além dos subgrupos: natação obeso (NOB: n = 10) e sedentário obeso (SOB: n = 11). Após seis meses, reduções significativas (p < 0,05) ocorreram em NEP para relação cintura/estatura (~5 %); em NOB para Z-IMC (~5 %), pressão arterial sistólica (~11 %) e diastólica (~10 %); e em NEU para pressão arterial sistólica (~6 %). Aumentos significativos (p < 0,05) ocorreram em NEP para os níveis de atividade física (~40%), distância percorrida no teste de Yoyo (~28%), intervalos RR (~7%) e modulação vagal (~19%); em NOB para o índice de hiperemia reativa (~33%). Após a intervenção, a insulinemia de NEP, que era maior em comparação a NEU na linha de base, passou a ser similar. O HDL-colesterol foi maior entre grupos com excesso de peso que praticaram natação vs. sedentários (p = 0,01). Após 12 meses de prática da natação, NOB apresentou redução significativa (p < 0,05) dos níveis de leptina (~7%) e TNFα (~15%). A quantidade de gordura intra-abdominal de NEP aproximou-se dos valores exibidos pelos eutróficos ao fim do experimento, enquanto diferenças na linha de base na espessura da carótida esquerda (maior em NEP vs. SEP) desapareceram. Conclui-se que a prática regular de natação é benéfica à saúde cardiovascular e eficaz para melhorar a composição corporal, aptidão cardiorrespiratória, modulação autonômica, pressão arterial, perfil lipídico e inflamatório de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. |