Tecnologias para estimativa do balanço de carbono nos setores florestal e agropecuário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Lauana Blenda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciência Florestal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/32742
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.036
Resumo: As mudanças climáticas podem ser a questão mais urgente entre políticos, líderes e acadêmicos. Um dos objetivos do Acordo de Paris é buscar esforços para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Para isso, cada país signatário propôs reduções de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC). Neste contexto, muitas iniciativas e novas demandas são criadas. Uma delas é a crescente demanda por rótulos climáticos, capazes de impulsionar padrões de consumo sustentáveis. Diante disso, o estudo foi desenvolvido com os objetivos de: desenvolver um sistema para calcular o balanço de carbono e a viabilidade técnica e econômica na produção de carvão vegetal (Capítulo I); verificar como a adoção de boas práticas na produção de carvão vegetal contribui para a descarbonização da indústria siderúrgica (Capítulo II); desenvolver uma ferramenta para calcular as remoções de dióxido de carbono (CO2), as emissões de GEE e o balanço de carbono em Sistemas Agroflorestais (SAFs) (Capítulo III). As bases das ferramentas propostas nos Capítulos I e III foram desenvolvidas no software Microsoft Excel. Os GEE considerados foram CO2, metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). As ferramentas são compostas por etapas de coleta dos dados necessários para os cálculos e por relatórios, que contêm os resultados. O objetivo fundamental das ferramentas é auxiliar os produtores rurais na coleta de dados, cálculos, monitoramento e comunicação das remoções de CO2, das emissões de GEE e do balanço de carbono de suas atividades. O uso das ferramentas pode: minimizar os riscos de investimentos para a descarbonização de atividades rurais; sensibilizar os produtores quanto às questões climáticas; auxiliar os produtores nas tomadas de decisão; ser base para a criação de estratégias para uma recompensa financeira aos produtores que adotam práticas climaticamente inteligentes; e auxiliar na adequação às exigências do mercado em relação à pegada de carbono. Os resultados do Capítulo II foram obtidos pelo cálculo do balanço de carbono da carbonização, realizado para onze propriedades rurais, na ferramenta desenvolvida no Capítulo I. Os cálculos foram feitos para dois cenários: linha de base (sem queima de gases) e adoção do sistema fornos-fornalha (com queima de gases). A utilização do sistema fornos- fornalha reduz 45,2% das emissões de GEE, quando comparado aos sistemas sem queima de gases. Este e os demais resultados gerados pelas ferramentas são a base para a descarbonização das atividades consideradas. O cálculo da pegada de carbono auxilia na identificação dos impactos ambientais negativos dos processos produtivos e, então, metas de redução e compensação de emissões de GEE podem ser traçadas. Os rótulos climáticos também podem melhorar a imagem corporativa e ser uma vantagem competitiva, já que consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos “amigos do clima”. A melhor gestão das emissões de GEE e remoções de CO2, a partir do uso das ferramentas, pode contribuir para o alcance das metas da NDC do Brasil e convergem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 13 (Ação contra a mudança global do clima). Palavras-chave: Carvão vegetal; Economia de baixo carbono; Mudanças climáticas; Pegada de carbono; Remoção de CO2; Sistemas agroflorestais.