Diretrizes para elaboração de inventários de emissões de gases de efeito estufa e remoção de dióxido de carbono em propriedades rurais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rocha, Thaís de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciência Florestal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/32042
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.539
Resumo: A preocupação crescente com as mudanças climáticas tem levado a uma busca por soluções que permitam mitigar os impactos ambientais e promover um desenvolvimento sustentável em diversos setores econômicos. Um dos setores que demanda atenção especial é a agropecuária, pois desempenha uma função vital tanto ao contribuir significativamente para as emissões de gases de efeito estufa (GEE), quanto na implementação de medidas para sua diminuição. A elaboração de inventários de emissões de GEE e remoção de Dióxido de Carbono (CO 2 ) em propriedades rurais é uma ferramenta fundamental para compreender e quantificar as contribuições específicas da agropecuária para as mudanças climáticas. No entanto, essa tarefa enfrenta diversos desafios técnicos e metodológicos. A variabilidade das práticas agrícolas e pecuárias, as características regionais, a falta de dados precisos e de uma metodologia específica para as propriedades rurais muitas vezes tornam difícil a coleta e o processamento de informações para calcular as emissões e remoções. Nesse sentido, o objetivou-se com o estudo agrupar processos metodológicos por meio de diretrizes para auxiliar a elaboração dos inventários de emissões de GEE e de remoção de CO 2 em propriedades rurais. Para a elaboração das diretrizes utilizou-se documentos de organizações especializadas, tais como IPCC, GHG PROTOCOL, ABNT NBR ISO 14.064, WRI, MCTI, entre outros. Como resultado obteve-se diretrizes para elaboração de inventários para a propriedade rural como um todo ou para os inventários realizados apenas para certas culturas/atividades da propriedade. Em cada fonte abordada no estudo, foi detalhado qual(is) o(s) Escopo(s) as emissões e remoções devem ser classificadas, considerando diferentes situações que podem ocorrer nas propriedades rurais. Nas diretrizes foram elencadas quais os dados de atividade devem ser coletados para cada fonte, visando estimar a emissão e/ou remoção por meio das principais metodologias de cálculos existentes. Além disso, identificou-se alternativas que vêm sendo pesquisadas a fim de reduzir as emissões de GEE nas atividades agropecuárias. Por fim, as emissões e remoções de CO 2 geradas pelas florestas nativas, florestas plantadas, culturas perenes, solo e necromassa foram classificadas como efetivas ou biogênicas de acordo com os cenários que podem ocorrer nessas fontes. Conclui-se que as diretrizes desenvolvidas possuem potencial de solução para a complexidade inerente á realização dos inventários de emissões de GEE e de remoção de CO 2 em propriedades rurais. As diretrizes oferecem aos elaboradores dos inventários um roteiro a ser percorrido. Essa abordagem não só simplifica o processo, como também pode conferir maior precisão e confiabilidade aos resultados obtidos. Além disso, as diretrizes abordam estratégias concretas que os gestores das propriedades rurais podem adotar para reduzir as emissões de GEE e aumentar a remoção de CO 2 . Essas práticas beneficiam o meio ambiente e alinham-se com uma produção mais limpa e sustentável, o que confere uma vantagem competitiva, especialmente em mercados externos que valorizam produtos agrícolas produzidos de maneira responsável. Palavras-chave: Mudanças climáticas. Gerenciamento de emissões de GEE. Produção agropecuária. Agropecuária de baixa emissão de carbono.