Efeito de um protocolo de sprints repetidos na temperatura irradiada da pele, marcadores de dano muscular e de estado de fadiga
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Educação Física |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32842 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.548 |
Resumo: | Essa dissertação teve o objetivo de analisar os impactos de um protocolo de sprints repetidos na temperatura irradiada da pele (TIP) e na resposta de indicadores de dano muscular, estado de fadiga e desempenho neuromuscular em futebolistas, salonistas e em indivíduos sedentários. Para isso, foram desenvolvidos três estudos. No primeiro, foi apresentado, por meio de uma revisão narrativa, as ferramentas mais utilizadas no futebol e no futsal para avaliar o dano muscular, o estado de fadiga e a recuperação. O conteúdo tomou como referência uma busca na base de dados Pubmed e foi estruturado em seis tópicos: a) Biomarcadores sanguíneos; b) Circunferência dos membros c) Escalas psicométricas; d) Performance em Testes físicos; e) Termografia Infravermelha (TI) f) Variabilidade da Frequência cardíaca (VFC). Ao longo de cada tópico, foram debatidos a fundamentação teórica, o momento de avaliação e os valores de referência de cada um dos parâmetros. Os resultados nos permitem concluir que a avaliação de um conjunto de indicadores ajuda a caracterizar o dano muscular, a fadiga e qualidade de recuperação de forma mais abrangente, pois cada sintoma se relaciona a algum marcador fisiológico específico. Além disso, foi observado que algumas ferramentas apresentadas já possuem um certo de nível de evidência, o que torna sua aplicação no contexto prático bem estabelecida, como é caso de grande parte dos biomarcadores, da TI, do salto com contramovimento e da VFC. No entanto, outros parâmetros, como a análise da circunferência dos membros, alguns biomarcadores, como a relação testosterona/cortisol, e até mesmo alguns testes de desempenho físico como o sprint, exigem um maior nível de evidência científica, garantindo assim um maior grau de confiabilidade e assertividade das avaliações realizadas. No segundo estudo, o objetivo foi caracterizar o perfil termográfico de jovens universitários sedentários, bem como de futebolistas e salonistas universitários, auxiliando na investigação de como variações do perfil térmico podem estar associadas ou não a prática de atividades esportivas em nível recreativo. A amostra foi composta por 30 universitários homens divididos em três grupos, sendo eles, futebolistas, salonistas e sedentários. Através do software ThermoHuman® a TIP de 14 regiões corporais de interesse (RCI) localizadas nos membros inferiores foi analisada. Os valores médios de TIP de cada RCI foram utilizados na análise estatística. A anova two-way e o post-hoc de Bonferroni foram utilizados para verificar o efeito da dominância podal e do grupo nos valores de TIP de cada RCI. Para estabelecer um referencial de perfil térmico, foi proposta uma curva percentil com os percentis 5, 15, 50, 85 e 95. Os resultados indicam que não houve diferença significativa nos valores de TIP entre os lados dominante e não dominante em todas as RCI analisadas. Além disso, não foi observada interação significativa entre dominância e grupo. Foi observado efeito do fator grupo apenas para a RCI do gastrocnêmio externo; a análise de post-hoc mostrou que o grupo de salonista apresentou valor significativamente maior de TIP nesta RCI em comparação ao grupo futebolistas. Assim, pode-se concluir que os universitários avaliados apresentam respostas térmicas similares em repouso. Os níveis de simetria térmica contralateral são <0,4°C. O nível de atividade física, a especificidade do treinamento e a dominância não influenciaram as respostas termográficas. No terceiro estudo, analisou-se os impactos de um protocolo de sprints repetidos na TIP e na resposta de indicadores de dano muscular, estado de fadiga e desempenho neuromuscular em futebolistas, salonistas e em indivíduos sedentários. A amostra foi composta por 30 universitários homens divididos em três grupos, sendo eles, futebolistas, salonistas e sedentários. Os participantes realizaram um protocolo de intervenção constituído por 15 sprints máximos de 30m, com intervalo de recuperação de 1’ entre sprints (15x30m/1’). Tanto 48 horas e imediatamente antes da intervenção, quanto 24h e 48h após a intervenção, os avaliados passaram pelos seguintes procedimentos: avaliações termográficas de membros inferiores, coleta de biomarcadores sanguíneos (Creatina Quinase (CK), Proteína C reativa (PCR-us), e Ácido Úrico (AU)), classificação da percepção subjetiva da dor e estado de fadiga, avaliação do desempenho neuromuscular (CMJ) e análise da circunferência da coxa e da perna. Os valores médios de TIP de cada RCI foram utilizados na análise estatística. A anova de medidas repetidas de dois fatores (3 grupos vs. 4 momentos) com post hoc de Bonferroni, com ajuste para comparações múltiplas, foi utilizada para comparar a TIP, respostas bioquímicas, circunferência dos membros, CMJ, estado de fadiga e nível de dolorimento entre os grupos nos diferentes momentos analisados. Os resultados mostram que não foi observado um efeito significativo do fator grupo para nenhuma das variáveis analisadas. Com relação às análises do fator tempo, os resultados indicam que o protocolo de sprints repetidos ocasionou dano muscular e processo inflamatório, que pode ser observado através das respostas de CMJ, CK, AU, PCR-us, QTR, Dor, Circunferências e na TIP do tibial medial. Em conclusão, o protocolo 15x30m/1’ provocou dano muscular nos universitários avaliados. Os resultados nos permitem concluir que o nível de atividade física e a especificidade do treinamento não influenciaram as respostas dos marcadores avaliados, com exceção da QTR. Por fim, com relação à TI, os achados mostram que a TIP não foi um indicador sensível para detectar o dano muscular induzido pelo protocolo de sprints repetidos em atletas universitários de futebol e futsal, bem como, universitários sedentários. Palavras-chave: Temperatura Cutânea. Medicina Esportiva. Atletas universitários. Futebol. Futsal. |