Licenciatura em Educação do Campo e movimentos sociais: análise do curso da Universidade Federal de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Horácio, Amarildo de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19494
Resumo: Esta pesquisa analisou o Curso de Licenciatura em Educação do Campo (LECAMPO) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no período de 2005 a 2008, buscando compreender em sua trajetória o lugar dos Movimentos Sociais no processo de implantação do referido Curso. Insere-se no âmbito da Educação do Campo, compreendida como luta de classes e disputas de projetos societários. Com a pesquisa foi possível apreender o caráter e os espaços da participação da sociedade civil, especialmente os grupos que tiveram envolvimento direto na construção e efetivação da proposta, tendo como categoria central a Teoria do Estado Ampliado (GRAMSCI, 2000). Por meio de uma abordagem qualitativa a pesquisa utilizou entrevistas semiestruturadas e estudo exploratório de documentos, tais como: regulamentos, Proposta Pedagógica do LECAMPO e relatórios da Rede Mineira de Educação do Campo. Foram entrevistados seis sujeitos no total, sendo eles: professores, coordenadores e educandos (lideranças do Curso). A análise de dados buscou observar o percurso dialético-crítico do objeto de pesquisa, fundamentada nas noções de contradição, totalidade e ser social. A pesquisa demonstrou a participação efetiva dos Movimentos Sociais na construção do LECAMPO, especialmente na primeira fase de implantação, tendo mudanças graduais na intervenção/participação nas fases posteriores. Tais mudanças foram nomeadas respectivamente como uma participação conceitual, administrativa e representativa. Por um lado, os sujeitos coletivos envolvidos no curso estão em constantes disputas por hegemonia no âmbito da Sociedade Civil no contexto do Estado Ampliado, por outro lado as disputas ensinam que somente com a compreensão e aprofundamento das reflexões e de ações articuladas é possível avançar para além das perdas e ganhos. A experiência da Licenciatura em Educação do Campo da UFMG mostrou as diversas faces das contradições sociais, com especial destaque para as relações dos Movimentos Sociais e as políticas públicas.