Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Mariá Aparecida Braga Rocha e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27315
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Resumo: |
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), câncer é a denominação dada a um conjunto de mais de 100 doenças que têm como principal característica o crescimento desordenado de células capazes de invadir tecidos e órgãos adjacentes e de se espalhar de forma metastática para outras regiões do corpo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta essa doença como sendo um problema de saúde pública, tendo causado 9,6 milhões de mortes em 2018, e portanto figurando como sendo a segunda principal causa de mortes no mundo. Dentre os diferentes tipos de câncer, destacam-se o câncer de pele do tipo melanoma, o glioma e o câncer colorretal (CCR), estes devido à alta letalidade e baixa taxa de sobrevida. Um grande desafio no tratamento do câncer é o desenvolvimento de resistência de algumas populações de células tumorais aos quimioterápicos antineoplásicos conhecidos, além da falta de seletividade das drogas, resultando em alta toxicidade às células normais. De fato, os Índices de Seletividade (IS) de drogas atuais com grande potencial quimioterápico são menores ou iguais a 1,0. Por outro lado, dibenzoilmetanos (DBMs) e seus derivados destacam-se por apresentarem atividade antitumoral in vitro e in vivo contra diversos tipos de tumores, possuem diversas propriedades farmacológicas (fotoproteção e atividades anti-inflamatória, antitumoral, antiviral), e pela possibilidade de serem produzidos por meio de síntese orgânica. Assim, no presente trabalho sintetizou-se um derivado inédito do DBM, denominado IP2-DBM, que foi caracterizado por técnicas espectométricas como RMN H1, RMN C13 e massas. A fim de avaliar o efeito citotóxico do IP2-DBM, foram realizados testes in vitro em linhagens de células tumorais B16F10 (melanoma), C6 (glioma) e SW480 (adenocarcinoma colorretal) e em linhagens de células normais Melan-A e VERO. Os resultados do teste de citotoxicidade realizado com MTT, mostrou que as taxas de IC50 (50% da concentração inibitória máxima) foram 9,018 μg/mL, 26,17 μg/mL e 24,04 μg/mL para as células de linhagens de melanoma, glioma e adenocarcinoma colorretal, respectivamente. Enquanto as linhagens normais Melan-A e VERO, apresentaram IC50 de 51,85 μg/mL e 99,89 μg/mL, respectivamente. Em relação a Melan-A, o IS (índice de seletividade) foi de 5,74 para melanoma e 2,15 para glioma, e em relação a VERO, os IS foram de 11,06, 3,81 e 4,15, para melanoma, glioma e adenocarcinoma do colorretal, respectivamente. Os dados obtidos indicam que o composto IP2-DBM é um potencial medicamento para o tratamento do câncer. Estudos complementares e testes in vivo são necessários para avaliar a toxicidade, o mecanismo de ação e a farmacocinética do composto. |