Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Zeó Jaime Lacerda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28436
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Resumo: |
O aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis no País demanda um conjunto de ações de saúde, incluindo a provisão adequada de medicamentos, visando à redução da morbimortalidade e melhoria da qualidade de vida. Com o objetivo de garantir o acesso aos medicamentos essenciais, os programas Saúde Não Tem Preço (SNTP) e Rede Farmácia de Minas (RFM) apresentam papel relevante para o atendimento de hipertensos e diabéticos, principalmente aqueles em situação de vulnerabilidade social, que necessitam da aquisição gratuita de medicamentos. Contudo, o acesso deve ser avaliado sob a ótica da disponibilidade, acessibilidade geográfica, aceitabilidade e capacidade aquisitiva de medicamentos, assim como quanto aos fatores sociodemográficos relativos aos usuários, que podem influenciar no acesso aos medicamentos essenciais. Diante desse contexto, o objetivo do estudo foi descrever o perfil sociodemográfico, de utilização de medicamentos e serviços de saúde dos portadores de hipertensão arterial (HAS) e/ou diabetes mellitus (DM) que utilizam os programas públicos de acesso a medicamentos SNTP e RFM em um município de pequeno porte. Trata-se de estudo transversal, realizado em 2019, com amostra aleatória simples de 341 indivíduos. Foram realizadas entrevistas domiciliares, utilizando um questionário semiestruturado, com caracterização sociodemográfica, relativo ao uso de medicamentos e dos serviços de saúde. As fontes de aquisição de medicamentos foram classificadas de acordo com a origem do financiamento. Os medicamentos foram classificados de acordo com o Anatomical Therapeutic Chemical Code. As variáveis foram descritas por distribuição de frequências simples e relativas. Realizou-se comparação entre proporções, utilizando-se o teste qui-quadrado de Pearson e por simulação de Monte Carlo; adotou-se nível de significância de 5%. A maior parte (70,68%) dos entrevistados eram portadores apenas de HA; 11,14%, exclusivamente de DM; 18,18%, das duas doenças simultaneamente. Quanto ao local de aquisição, 82,67% e 88,61% dos medicamentos utilizados para o tratamento de HAS e DM, respectivamente, foram fornecidos pelos programas RFM e/ou SNTP. Houve predomínio de indivíduos do sexo feminino (63,1%), de 65 anos ou mais (50,30%), raça/cor não branca (66,96%), moradores de área urbana (67,16%), analfabetos ou com baixa escolaridade, renda máxima menor ou igual a dois salários mínimos (89,19%). Foram observadas associações estatisticamente significantes entre as fontes de aquisição: e a faixa etária (p=0,009), área de moradia (p=0,005) e estado civil (p=0,006). Os medicamentos mais usados para o tratamento de HA e DM foram os agentes com ação no sistema renina-angiotensina (39,13%) e biguanidas (54,43%), nessa ordem. A percepção geral dos programas pelos usuários foi significativamente melhor para o SNTP. Os resultados deste estudo reforçam que as políticas de acesso no município estudado são responsáveis pelo fornecimento de medicamentos para o tratamento de HAS e DM na maioria dos estratos da população, promovendo a equidade e universalidade, reduzindo as desigualdades, dando mais oportunidade para indivíduos em situação de vulnerabilidade social e econômica. Palavras-chave: Acesso a medicamentos. Assistência farmacêutica. Diabetes mellitus. Hipertensão arterial sistêmica. Medicamentos essenciais. |