Caracterização das populações de Phytophthora infestans das regiões Sul e Sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Reis, Ailton
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10813
Resumo: Os eventos de migração de Phytophthora infestans, agente etiológico da requeima ou mela do tomateiro e da batateira, trouxeram implicações importantes para o manejo da doença em vários países. Entretanto, pouco se sabe sobre a atual estrutura da população deste patógeno no Brasil. Assim, este trabalho teve como objetivo a caracterização das populações de P. infestans das regiões Sul e Sudeste do Brasil, principais regiões produtoras de batata e tomate. Isolados foram coletados e caracterizados para os seguintes marcadores: grupo de compatibilidade, aloenzimas Gpi e Pep, RFLP do DNA genômico (com a sonda RG 57 ) e haplotipos mitocondriais. Uma parte dos isolados (258) foi submetida a testes de sensibilidade ao fungicida metalaxyl (empregando-se três métodos) e outra parte a testes de virulência em discos de folha de diferenciadoras de raças de P. infestans em batata (genes R) e tomate (genes Ph). Todos os isolados de tomate foram do grupo A1 e a maioria (94%) apresentou genótipos 86/100 e 892/100 para Gpi e Pep, respectivamente; e 81% dos isolados apresentaram fingerprinting e haplotipos mitocondriais típicos da linhagem clonal antiga US-1. Os isolados de batata, na sua maioria (87%), eram do grupo A2, apresentavam genótipos 100/100 para Gpi e Pep, e fingerprinting e haplotipos mitocondriais típicos de BR-1. Foram encontrados isolados resistentes, intermediários e sensíveis ao fungicida metalaxyl, tanto na linhagem clonal US-1, quanto em BR-1, em todos os estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Foi também encontrada grande diversidade de patótipos nas duas linhagens clonais e nas duas regiões amostradas. Muitos destes patótipos apresentaram alta complexidade. Os isolados da linhagem BR-1 parecem ser adaptados a batateira e os da linhagem US-1 ao tomateiro. Os resultados sugerem que não há ocorrência de reprodução sexuada na população de P. infestans amostrada, há grande variação quanto a resistência ao fungicida metalaxyl e quanto a virulência dos isolados.