Oviposição de Tuta absoluta (LEPIDOPTERA:GELECHIIDAE) em genótipos de tomate: o papel da experiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Curtinhas, Juliana Novelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7845
Resumo: Na escolha de uma planta para oviposição, insetos frequentemente preferem espécies de planta das quais se desenvolveram. Essas preferências mostram um forte componente herdável, mas podem ser modificadas pela experiência. Várias teorias, como o Princípio de Seleção de Hospedeiro de Hopkins (PSHH), o Novo-PSHH e a Hipótese do Legado Químico tentam explicar como essa preferência de hospedeiro e pode ser induzida, através de um condicionamento. Partindo do fato de que experimentos visando avaliar a atratividade a diferentes genótipos de tomate, Tuta absoluta foi criada em Solanun lycopersicon variedade Santa Clara, conhecido como padrão de suscetibilidade, sendo este o que se encontrou maior atratividade. E levando em consideração que a preferência por uma planta hospedeira pode ser moldada através de uma experiência prévia. Testou-se a hipótese de que T. absoluta prefere o ovipositar na planta hospedeira onde se desenvolveu. Para isso foram estabelecidas duas criações de T. absoluta em genótipos resistentes de S. lycopersicon do Banco de Germoplasma da UFV, as subamostras BGH 1497 e BGH 1708, e uma criação em variedade Santa Clara. Para avaliar a preferência e o resultado de um possível condicionamento, foram realizados testes de oviposição com chance de escolha na primeira, segunda e décima quinta geração, onde fêmeas grávidas confinadas individualmente tinham como sítio de oviposiçãao dois folíolos de tomate dos tratamentos estudados, após 24 horas o número de ovos foram contados. Para avaliar se o padrão de preferência se mantinha após a décima quinta geração os ovos de indivíduos desta geração das populações de BGH 1708 e BGH 1497 foram transferidos para tomates Santa Clara, e ao final desta geração realizou-se novamente testes de oviposição. Independente dos genótipos em que as larvas foram criadas não foram encontrados o efeito do condicionamento na primeira geração, ou seja, esses resultados não dão suporte ao PSHH, ao Novo-PSHH e a Hip ́tese do Legado Químico. Na população da subamostra BGH 1497 nos testes de segunda e décima quinta geração também não foram encontrados nenhum condicionamento em T. absoluta. Na população da subamostra BGH 1708 nos testes de segunda geração foi encontrada uma maior porcentagem de ovos nesse genótipo comparado com a variedade Santa Clara. Quando o essa população após quinze gerações passou a ser criada novamente em Santa Clara, fêmeas preferiram ovipositar em BGH 1708. Enquanto fêmeas advindas da população de BGH 1497 mantiveram o padrão de ovipositar indiscriminadamente. A partir ̧desses resultados não foi possível verificar um aprendizado em T. absoluta. Estudos futuros avaliando diferenças no perfil químico entre os genótipos, e utilizando outro modelo experimental poderia elucidar melhor a escolha e preferência na oviposição de T. absoluta.