A evasão, a reorientação da escolha do curso e a integração do estudante: o caso de graduandos da UFV
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/30616 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.743 |
Resumo: | A evasão é um fenômeno contínuo no sistema educacional de qualquer país. No Brasil, a preocupação com esta problemática iniciou nos anos 1940. A massificação das universidades públicas no Brasil trouxe as camadas excluídas para seu interior. A entrada destes estudantes já ocorria através de ações afirmativas feitas pelas universidades, mas foi o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e a Lei n. 12.711/2012 (Lei de Cotas) que estabeleceram critérios válidos para todas as instituições da rede federal de ensino superior. Com isso, a evasão toma nova roupagem, tornando um campo fértil para pesquisas. Neste sentido, essa pesquisa procura conhecer, descrever e analisar os processos de evasão do curso, reorientação da escolha do curso superior e integração dos estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), selecionados no SiSU 2018, com pontuações elevadas no ENEM. A base teórica é ancorada pela Teoria de Integração do Estudante (TIE) de Tinto (1993), pelas análises das desigualdades no interior da universidade propostas por Boudon (1981) e Bourdieu (1998), além de versar sobre o ofício do estudante na perspectiva de Coulon (2008). O lócus da pesquisa foi a Universidade Federal de Viçosa (UFV). Sua natureza é descritiva e a abordagem é quantitativa, a partir de dados secundários da Pró-Reitoria de Ensino da UFV. A amostra utilizada contempla 460 estudantes, sendo os 5 primeiros colocados na ampla concorrência e nas modalidades de cota no SiSU 2018 que ainda estão matriculados na UFV. Os resultados mostram que os cursos de menor prestígio são mais afetados pela evasão, que a reorientação da escolha de curso é mais comum entre estudantes da ampla concorrência, especialmente do sexo masculino. As mulheres negras possuem notas menores na graduação, mostrando a perpetuação do racismo estrutural e da desigualdade de gênero. Outro achado diz respeito aos egressos da rede federal, que são aqueles que mais reorientam suas escolhas, seguidos pelos alunos da rede privada. A saída de cursos de alto prestígio para outros de menor, bem como o inverso foram analisadas indicando que a reorientação de escolha acompanha a preparação para um novo vestibular e a redefinição do projeto destes estudantes. Palavras-chave: Evasão. Cotas. Reorientação da escolha de curso. |