Estrutura e Padrões de abundância em duas Florestas Ribeirinhas da Sub- Bacia do Alto Rio São Francisco, MG
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática Mestrado em Botânica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2544 |
Resumo: | As Florestas Ribeirinhas desempenham importantes funções e seus efeitos não são apenas locais, mas refletem na qualidade de vida de toda a população sob influência de uma bacia hidrográfica. O presente estudo tem como objetivos estudar a estrutura da vegetação, a diversidade florística, a composição das espécies e os padrões de abundância de duas Florestas Ribeirinhas da Sub-Bacia do Alto Rio São Francisco para avaliar se o atual estado de conservação e isolamento alterou processos determinantes da estruturação dessas comunidades, fornecendo assim informações que poderão embasar trabalhos de recuperação e conservação da biodiversidade dos fragmentos de Florestas Ribeirinhas. Este estudo foi realizado em duas Florestas Ribeirinhas distintas, onde para cuma das áreas foram montados dois blocos próximos, de 25 parcelas contínuas, de 10m x 10m cada, totalizando 50 parcelas e assim abrangendo 0,5 ha em cada Floresta Ribeirinha.Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos vivos, com circunferência a altura do peito (CAP) maior ou igual a 10 cm. Os resultados desse estudo podem foram expressos como uma matriz de N espécies e M locais (parcelas). Cada célula dessa matriz marca a incidência de uma determinada espécie em uma determinada parcela, ambos como dados binários (Xij = 0 ou 1, indicando a presença ou ausência da espécie i no local h) ou como dados quantitativos (xij= número de indivíduos da espécie i no local h) (Bell, 2003).Há deste modo, dois conjuntos de parâmetros que podem ser estimados, um referindo-se a dados binários e o outro referindo a dados quantitativos. Os totais e variâncias de fileira e coluna então identificam os parâmetros fundamentais de abundância e diversidade.A taxa de abundancia das espécies tanto da floresta do Córrego Fundo quanto da floresta do Córrego da Fazendinha, foram classificadas de forma decrescente, a partir do que foi elaborado um diagrama Rank de abundância, com as curvas comparadas pelo teste Kolmogorov- Swirnov.Na Floresta Ribeirinha do Córrego Fundo, foram amostrados 1445 árvores vivas no total 86 espécies arbóreas vivas em pé,65 gêneros, 35 famílias e 2 espécies não foram identificadas. As famílias que apresentaram maior número de espécies foram Myrtaceae com 12 espécies; Fabaceae com 10espécies e Rubiaceae com 5 espécies.Houveum predomínio de espécies classificadas com Secundárias Inicias, representando por 34 espécies, seguido por Secundárias Tardias com 27 espécies, como Pioneiras foram representadas por 9 espécies e 16 espéciesnão foram classificadas. Das espécies amostradas, 67% sãoZoocóricas. Dentre as espécies, as mais abundantes foram, Callistene major com 267 indivíduos, seguidas por Tapirira guianensis com 80 indivíduos, Copaifera langsdorffii com 40 indivíduos, Siparuna guianensis com 104 indivíduos, Terminalia glabrescens com 39 indivíduos amostrados, Myrcia splendens, com 65 indivíduos, Xylopia aromatica com 46 indivíduos, Pera glabrata com 40 indivíduos, eLacistema hasslerianum com 62 indivíduos. A área basal foi de13,76 m2 / ha. O diâmetro médio individual foi 7,82 cm, com um máximo de 47,43 cm (Copaifera langsdorffii.A altura média foi de 6,4 m, sendo a máxima de 16 m (Copaifera langsdorffii e Callisthene major). O índice de diversidade de Shannon (H`) calculado foi de 3,52,o índice de equabilidade de Pielou (J`) em 0,79, e o índice de Simpson ( D) 0,95.Na Floresta Ribeirinha do Córrego da Fazendinha foram amostradas 1445 no total 100 espécies arbóreas vivas em pé,70 gêneros, 37 famílias, com apenas uma espécie não identificada. As famílias que apresentaram maior número de espécies foram, Fabaceae e Myrtaceae com espécies 17 amostradas, cada uma, seguidas por Anacardiaceae com 6 espécies, depois por Annonaceae e Rubiaceae com 5. Houve um predomínio de espécies classificadas como Secundárias Iniciais, com 43 espécies, seguido por Secundárias Tardias com 21 espécies, e Pioneiras com 16 espéciessendo que 20 espécies não foram classificadas. Das espécies amostradas, 66% sãoZoocóricas. As espécies as mais abundantes foram Callistene major com 338 indivíduos amostrados, seguidas por Siparuna guianensis com 244 indivíduos amostrados, Campomanesia guaviroba com 124 indivíduos, Myrcia tomentosa com 75 indivíduos, Copaifera langsdorffii com 42 indivíduos, Piptadenia gonoacantha com 25 indivíduos, Dalbergia brasiliensis com 56 indivíduos, Myrcia splendens com 37 indivíduos, e Ilex cerasifolia com 47 indivíduos. A área basal total foi de13,23 m2 / ha. O diâmetro médio individual foi 7,65 cm, com um máximo de 46,0 cm (Ocotea corymbosa). A altura média foi de 6,8 m, sendo a máxima de 19 m (Acrocomia aculeata). O índice de diversidade de Shannon (H`) calculados foi de 3,3, o índice de equabilidade de Pielou (J`) em 0,72, e o índice de Simpson (D) foi de 0,92. Não houve diferenças significativas entre as florestas do Córrego Fundo e floresta do Córrego da Fazendinha quando são comparadas as estruturas de abundância de espécie. Houve diferença entre as estruturas da Floresta do Córrego Fundo e a Floresta do Córrego da Fazendinha, quando comparado as relações entre o número de indivíduos da comunidade de (s) e a variância do número de indivíduos entre as espécies (q), mostrando que o aumento de indivíduos nas parcelas causa um maior aumento de variância no número de indivíduos nas espécies na floresta do Córrego da Fazendinha, com maior inclinação, do que na floresta do Córrego Fundo. O rank de abundância das espécies nas florestas do Córrego Fundo e Córrego da Fazendinha apresentamo mesmo padrão que é esperado para comunidades vegetais em florestas decíduas. |