Anatomia, histologia e morfometria do estômago do gambá Didelphis aurita (Wied- Neuwied, 1826)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Rodrigo Ataíde dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Mestrado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2354
Resumo: O gambá é um animal que tem permitido o estudo da ontogênese de diferentes sistemas orgânicos e aspectos fisiológicos importantes, tornando-se objeto de pesquisas que buscam soluções para questões relacionadas à saúde humana. Nesse contexto, o estudo das descrições anatômicas do estômago do gambá Didelphis aurita, bem como suas características morfométricas, são relevantes para contribuir com informações morfofisiológicas desse órgão comparando a outras espécies animais. Tais informações podem ser significativas quando comparadas com outros mamíferos, no tocante a aspectos anatômicos e endócrinos relacionados com a histologia e estrutura das células enteroendócrinas presentes no estômago. Para este estudo foram utilizados oito gambás adultos machos capturados na região da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, nos municípios de Viçosa e Ubá, dos quais foram obtidos dados anatômicos e morfométricos do estômago, além de dados dos componentes neuroendócrinos. Foram coletados fragmentos das regiões cárdica, fúndica e pilórica, e das transições esôfago-gástrica e pilórico-duodenal. Observou-se que o estômago de gambás adultos apresentou capacidade volumétrica média de 0,201 ± 0,074 l, representando cerca de 20% do peso corporal, dado este que apresenta uma forte correlação com mensurações anatômicas, tais como a profundidade torácica e o comprimento vértice-caudal. A descrição morfométrica do estômago do gambá D. aurita foi realizada enfocando as túnicas mucosa, submucosa, muscular e serosa. Os diferentes tipos de glândulas encontrados na lâmina própria, as diferentes profundidades de criptas e as diferentes espessuras da túnica muscular definem as regiões cárdica, fúndica e pilórica do estômago. As técnicas de Grimelius e de Masson- Fontana modificada foram utilizadas para identificação e quantificação de células argirófilas e argentafins, respectivamente. Neurônios do sistema nervoso autônomo organizados em gânglios submucosos e mioentéricos, formam o sistema nervoso entérico (SNE) identificado pela técnica de HE. As células argirófilas revelaram-se distribuídas em grande quantidade em todas as regiões do estômago, prevalecendo a média de 76,30 ± 5,00 céls./mm² na região pilórica sobre as demais regiões. As células argentafins apresentaram maior média na região cárdica (21,00 ± 3,71 céls./mm²). Os gânglios mioentéricos apresentaram-se mais numerosos em relação aos submucosos e apresentaram distribuição crescente ao longo das regiões cárdica, fúndica e pilórica. Foi observada maior média na região pilórica, em torno de 5,90 ± 0,73 gânglios/mm². O estudo anatômico e morfométrico do estômago do gambá Didelphis aurita é relevante para se conhecer a morfofisiologia desse órgão. Tais informações podem ser significativas quando comparadas às de outros mamíferos no tocante a aspectos anatômicos e endócrinos relacionados com a histologia e estrutura das células enteroendócrinas observadas ao longo do estômago.