Aspectos da morfologia do intestino grosso do gambá Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) com ênfase nas células enteroendócrinas
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos Doutorado em Biologia Celular e Estrutural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/260 |
Resumo: | O aparelho digestório possui função crucial no controle da homeostase energética, sendo esse mecanismo regulador atribuído, em parte, às células enteroendócrinas. Estas células representam a maior população de células produtoras de hormônios do organismo de mamíferos eutérios e atuam no controle da secreção, absorção, motilidade e proliferação das células do aparelho digestório. Em razão da importância dessas células, teve-se por objetivos caracterizar a morfologia, identificar e quantificar as células endócrinas argirófilas, argentafins e imunorreativas à insulina do intestino grosso, nas regiões do ceco, cólons (ascendente, transverso e descendente) e reto de gambás D. aurita. Fragmentos da parede do intestino grosso de 10 espécimes machos de D. aurita foram coletados, processados e submetidos às técnicas de histoquímica, imuno-histoquímica e microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. As túnicas do intestino grosso de D. aurita apresentam características morfológicas descritas para os mamíferos eutérios. A camada muscular circular interna em todas as porções e regiões analisadas é mais espessa que a camada longitudinal externa, entre as regiões analisadas. Essa camada, no reto, apresentou-se mais espessa que no ceco e cólon ascendente. O número das células mucossecretoras aumentou da região do ceco em direção ao reto. Essas células exibem mucinas neutras e ácidas, indicando que a produção de muco é mista. Proporcionalmente, as células argirófilas, argentafins e imunorreativas à insulina representam, respectivamente, 62,75%, 36,26% e 0,99% do total determinado de células endócrinas do intestino grosso. Não houve diferença quantitativa entre as células endócrinas argirófilas e argentafins, enquanto as células imunorreativas à insulina são menos numerosas. As células endócrinas argirófilas e argentafins apresentam formas alongada, piramidal ou arredondada e possuem núcleo ovoide e citoplasma com grande quantidade de grânulos de secreção. A maioria dessas células é do tipo aberto e apresenta prolongamento apical alcançando a superfície luminal. Outras células, sem comunicação aparente com o lúmen, do tipo fechado, são localizadas comumente na base das glândulas intestinais e possuem a porção basal geralmente dilatada e em maior contato com as células adjacentes. As células endócrinas imunorreativas à insulina são alongadas ou piramidais com núcleo arredondado, de contorno irregular, e possuem grande quantidade de grânulos de secreção distribuídos em todo o citoplasma. Os grânulos, de diferentes tamanhos e densidades eletrônicas, são classificados em imaturos e maduros. O padrão ultraestrutural dos grânulos das células imunorreativas à insulina é semelhante ao das células B de ilhotas pancreáticas. As formas maduras dos grânulos são predominantes e representam 65% do total dos grânulos de secreção. |