Cultivo hidropônico do tomateiro do grupo cereja: crescimento, produção e qualidade sob doses de K e sintomas visuais e anatomia sob omissão de nutrientes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Maia, Janini Tatiane Lima Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Doutorado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1177
Resumo: O tomate é uma das hortaliças mais populares e uma das mais exigentes em nutrientes, e conforme a etapa de desenvolvimento, cultivar, temperatura, solo, luminosidade, umidade relativa e manejo adotado, os teores médios de nutrientes podem variar. Portanto, o objetivo geral deste estudo foi avaliar no tomateiro do grupo cereja, cultivado no sistema hidropônico, a produção, qualidade e o crescimento sob doses de K e os sintomas visuais, o teor de nutrientes e a anatomia sob omissão de nutrientes. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa. Para avaliar o efeito de doses de K na produção e na qualidade dos frutos do tomateiro cereja, realizou-se um experimento em delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por doses de potássio (6, 8, 10 e 12 mmol L-1) na solução nutritiva de frutificação. Avaliaram-se a produção e o número de frutos por planta, número de frutos por cacho, peso médio dos frutos e do cacho, proporção de frutos em classes distintas, teor de sólidos solúveis totais, acidez titulável, teor de ácido ascórbico, pH, teor de licopeno, β-caroteno e clorofilas a e b, os teores dos nutrientes: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, cobre, boro, ferro, zinco e manganês nos frutos e na terceira folha acima do quarto cacho. A dose de 6 mmol L-1 de K foi suficiente para garantir a produção e qualidade do tomateiro cereja híbrido Sindy. O incremento das doses de K afetou as concentrações de K, Ca, Mg e Mn nos frutos. O acúmulo de K pelas plantas desfavoreceu o teor foliar dos nutrientes Ca, Mg, S, Zn e Mn. Para caracterizar o crescimento das plantas de tomateiro cereja em resposta a doses de K foram avaliados massa de matéria seca de folhas, caules, raízes, inflorescências e frutos; área foliar; número de inflorescências e frutos; comprimento e volume radicular; os índices fisiológicos: taxa de crescimento relativo, razão e índice de área foliar, taxa assimilatória líquida e razão raiz-parte aérea; o acúmulo dos nutrientes: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre nas folhas, caules e raízes aos 26, 41, 56, 71, 86 e 101 dias após o transplantio DAT. Os dados foram analisados em parcelas subdivididas no tempo, sendo as parcelas constituídas pelas doses de K e as sub-parcelas pelas datas de coleta. As parcelas foram aleatorizadas inteiramente ao acaso, empregando-se quatro repetições. Cada sub-parcela compôs-se de uma planta. Doses de K entre 6 e 12 mmol L-1 não influenciaram o crescimento do tomateiro tipo cereja. A taxa de crescimento relativo reduziu-se gradativamente ao longo do período de avaliação. Os acúmulos de N, P, K, Ca, Mg e S nas folhas foram máximos aos 101 DAT, atingindo, respectivamente: 4850; 35,35; 928,17; 828,39; 228,41 e 190,42 mg. Para caracterizar os sintomas visuais de deficiência, realizou-se um experimento em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Os tratamentos foram: solução completa, omissão de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Zn e Fe. Após 60 dias, os principais sintomas foram fotografados e descritos. Avaliou-se a produção de matéria seca total de folhas, caules e raízes; número de folhas, inflorescências e frutos; volume radicular; o teor e o acúmulo dos nutrientes: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobre, zinco e ferro nas folhas, caules e raízes. Os sintomas visuais de carência que primeiro se manifestaram foram os de P, B e Fe. As omissões dos nutrientes N, Mg e B foram as que mais comprometeram a produção de matéria seca das plantas de tomateiro cereja. Os teores e acúmulos dos nutrientes foram influenciados pelas deficiências impostas. No tratamento completo as folhas apresentaram: 3,34; 0,37: 2,07; 2,13; 0,54; e 0,55 dag Kg-1 de N, P, K, Ca, Mg e S, e 41,9; 5,9; 4,75; e 94,57 mg Kg-1 de B, Cu, Zn e Fe. Nos tratamentos em que os nutrientes foram omitidos as concentrações foliares foram: 1,77; 0,22; 1,57; 1,06; 0,17; 0,10 dag Kg-1 de N, P, K, Ca, Mg e S, e 21,35; 4,08; 5,85 e 115,83 mg Kg-1 de B, Cu, Zn e Fe. Ainda sob omissão de nutrientes, objetivou-se caracterizar as alterações anatômicas foliares e caulinares apresentadas por plantas de tomateiro cereja deficientes. Aos 60 dias, as plantas foram retiradas das soluções nutritivas, amostrando-se folhas com idade fisiológica adequada para caracterizar a deficiência nutricional de cada nutriente e também porções do caule de cada planta de aproximadamente 5 cm de comprimento, do entrenó logo abaixo da terceira folha completamente expandida a partir do ápice. Nas folhas mensurou-se: espessura as epidermes adaxial e abaxial, dos parênquimas paliçádico e lacunoso, do mesofilo, do limbo foliar; e a área dos tecidos componentes da nervura central: epiderme, parênquima clorofiliano, colênquima, feixe vascular e parênquima de preenchimento. No caule: espessura da epiderme, do parênquima clorofiliano, do colênquima, do parênquima de preenchimento, do floema, da faixa cambial, do xilema, do parênquima de preenchimento da medula central e o espessamento da parede celular das fibras do floema. Os dados foram submetidos a análise de variância em delineamento experimental inteiramente casualizado, com três repetições. As deficiências de N, Ca, Mg e S favoreceram uma hipertrofia do floema. A insuficiência dos nutrientes Ca e Mg favoreceram a redução no espessamento da parede celular das fibras do floema. . As alterações anatômicas mais drásticas, tanto em folhas como em caule, foram causadas pela omissão de B, como a formação de feixes vasculares desorganizados, xilema e floema com composição celular atípica e câmbio vascular com atividade atípica.