Corpo, trabalho braçal e equipamento de proteção individual: os significados sobre segurança e risco entre trabalhadores da construção civil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Souza, Cristiane Natalício de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EPI
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9393
Resumo: Apesar do progresso científico e tecnológico ter criado métodos e dispositivos altamente “sofisticados”, a luta contra os acidentes ocupacionais não tem alcançado resultados satisfatórios. A incidência desses acidentes tem sido relacionada ao conjunto de ações que o próprio sujeito desempenha em interação com o trabalho. Essas ações visíveis no plano da prática são orientadas em grande parte pelo quadro de representações construídas, pela posição que ocupa o trabalhador no mundo. Diante dessa realidade, a presente pesquisa buscou entender, a partir de um setor da construção civil do Município de Viçosa/MG, o grau de eficácia do equipamento de proteção individual (EPI) como medida de prevenção de acidentes. Além de entender a realidade objetiva dos riscos ocupacionais e dos EPIs, procurou-se compreender como os trabalhadores, enquanto “homens”, responsáveis pelo trabalho realizado em “obra”, percebem e utilizam esse equipamento que protege o corpo, articulando o processo de risco e de prevenção. Na construção dos dados recorreu-se à observação direta e à entrevista semi-estruturada, buscando acessar o quadro de representações sociais que informam as práticas, definidoras da validade do EPI, de determinados “homens” oriundos de “classes populares”. Os dados apreendidos permitiram nos compreender os significados como socialmente construídos pela experiência da ação dos corpos dos sujeitos sociais e de suas escolhas possíveis. Enfim, problematizou-se o sentido da atividade humana como um domínio decisivo no processo de adoção das medidas preventivas de acidentes.