Respostas morfoanatômicas e fisiológicas em Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) ao herbicida glifosato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cruz, Carlos Eduardo Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10148
Resumo: Com o interesse de aumentar a produtividade na agricultura foram introduzidos uma série de produtos químicos no combate a plantas daninhas, entre eles o glifosato, que é o herbicida mais utilizado mundialmente. Contudo, trabalhos recentes têm destacado o glifosato como um poluente ambiental podendo persistir no solo e água. Devido à deriva, durante a aplicação, este pode alcançar fragmentos florestais próximos às áreas de plantações, atingindo plantas nativas, como Eugenia uniflora L., que é uma espécie nativa de Mata Atlântica e tem sido utilizada em trabalhos de biomonitoramento. Assim, esse trabalho tem o objetivo de avaliar a toxicidade do herbicida glifosato em E. uniflora. Mudas foram adquiridas, aclimatadas em casa de vegetação, cultivadas em substrato e fertilizadas com solução nutritiva de Hoagland, a meia força iônica em pH 5.5. As plantas foram submetidas à simulação da deriva de diferentes doses do herbicida (0, 144, 432, 864 e 1440 g e.a ha -1 de glifosato), aplicada por um pulverizador costal com pressão constante mantida por CO 2 pressurizado. Foram realizadas análises dos parâmetros de trocas gasosas, sintomatologia visual, fitotoxicação, análises anatômicas, quantificação de ácido chiquímico, determinação do índice SPAD, quantificação dos teores de pigmentos fotossintéticos, permeabilidade da membrana e quantificação de malondialdeído. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias, comparadas pelo teste de Scott Knott (P < 0,05). Os sintomas visuais começaram a ser observados após três dias da aplicação e foram mais evidentes em folhas mais jovens. Ocorreu incremento do teor de ácido chiquímico e alterações morfoanatômicas, sendo possível verificar redução dos teores de pigmentos, comprometimento da permeabilidade da membrana e peroxidação lipídica. O glifosato promoveu decréscimo dos parâmetros de trocas gasosas, independente da dose. Conclui-se que E. uniflora apresentou sensibilidade ao glifosato, mesmo à menor dose utilizada, ocasionou alterações morfoanatômicas e fisiológicas na planta, demonstrando ser um risco para plantas nativas presentes em fragmentos próximos à áreas de plantação e aplicação constante do herbicida. Palavras-chave: ácido chiquímico, agrotóxico, danos morfofisiológicos, glyphosate, pitanga.