Efeito do índice glicêmico no peso, na gordura corporal e no controle metabólico de diabéticos tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fabrini, Sabrina Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2701
Resumo: A obesidade é uma doença metabólica crônica, que favorece a ocorrência de hiperglicemia e resistência insulínica (RI), podendo levar à manifestação de diabetes mellitus. Argumenta-se que o aumento da prevalência da obesidade no mundo esteja associado ao consumo crônico de dietas com alto índice glicêmico (IG) e alta carga glicêmica (CG). O presente estudo objetivou verificar o efeito do consumo de duas refeições diárias diferindo em IG, durante 30 dias consecutivos na ingestão alimentar, no peso, na composição corporal e no controle metabólico de diabéticos. Para tal, dezesseis voluntários, com idade média de 50,1±6 anos e índice de massa corporal de 29,2±5 kg/m2 foram aleatoriamente alocados no grupo AIG ou BIG. As refeições testadas no estudo foram ingeridas em laboratório e não apresentavam diferenças significantes quanto ao valor calórico total, densidade calórica, teor de macronutrientes e de fibra alimentar. As demais refeições do dia foram consumidas em condições de vida livre, quando os participantes foram orientados a ingerir preferencialmente alimentos que apresentavam IG semelhante ao do grupo em que foram alocados. O IG, a carga glicêmica (CG), a ingestão calórica, de macronutrientes e de fibra alimentar antes e após a intervenção foram avaliados a partir de dados obtidos por registro alimentar. Quinzenalmente, os voluntários foram submetidos à avaliação antropométrica (IMC, circunferência da cintura e do quadril). Os diabéticos também foram submetidos à avaliação da gordura corporal total, avaliação bioquímica (concentração de glicose, insulina, colesterol total e HDL, ácidos graxos livres, trigliceróis, frutosamina e acido úrico) e do nível de RI (HOMA-IR) no período basal e pós- intervenção. Não foram verificadas alterações no IG, na CG, na ingestão calórica, de proteínas, de lipídios e de fibra alimentar da dieta consumida após a intervenção em nenhum dos grupos experimentais. No entanto, constatou-se maior ingestão de carboidratos no grupo AIG (p=0,028) ao final do estudo. Verificou-se aumento significante (p=0,048) da concentração de frutosamina dos voluntários do grupo AIG. O consumo de dietas de BIG não foi capaz de reduzir significantemente (p=0,06) os níveis de frutosamina. Não foram constatadas alterações no peso, na composição corporal, nos parâmetros bioquímicos e de RI avaliados em ambos os grupos (p>0,05). Ao final do estudo verificou-se, no entanto, a redução significante do percentual de gordura corporal das mulheres em relação aos homens do grupo BIG, indicando que este parâmetro começou a se alterar nas participantes desse grupo. Esses resultados indicam a necessidade de se avaliar o efeito do IG no controle do peso, na composição corporal e no controle metabólico em estudos em que mais de duas refeições diárias apresentando IG prédeterminado e distinto são ingeridas por um período superior a 30 dias.