Potencial inibitório e leishmanicida de derivados do eugenol sobre a cinase Serine Arginine Protein Kinase de Leishmania braziliensis (LbSRPK)
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Bioquímica Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33145 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.675 |
Resumo: | Leishmanioses são doenças tropicais negligenciadas que afetam milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Causadas por parasitas do gênero Leishmania, manifestam-se principalmente como Leishmaniose Cutânea (LC), Mucocutânea (LMC) e Visceral (LV). No Brasil, LC e LV são endêmicas, causadas predominantemente pela espécie Leishmania braziliensis e Leishmania infantum. Não há vacinas disponíveis, e os tratamentos existentes são caros, inespecíficos e apresentam efeitos colaterais, além de casos de resistência parasitária. Novos alvos farmacológicos estão sendo estudados, e as Serine Arginine Protein Kinases (SRPKs) mostraram-se promissoras, pois estão envolvidas em processos celulares essenciais. Estudos mostraram a presença de SRPK em tripanossomatídeos, e nosso grupo de pesquisa é pioneiro nos estudos envolvendo SRPK em L. braziliensis bem como dos inibidores dessa proteína e seu potencial leishmanicida. O eugenol é um composto natural do grupo dos fenóis que é conhecido por possuir propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, antimutagênicas e antialérgicas. Há relatos na literatura de sua eficácia na inibição do crescimento de promastigotas e amastigotas de várias espécies de Leishmania. Sendo assim, este trabalho avaliou o potencial de oito compostos derivados do eugenol, da classe das amidas aromáticas com diferentes substituintes no anel benzênico, como agentes leishmanicidas, seu potencial citotóxico e a capacidade de agir como inibidores de LbSRPK. Para os experimentos de CC50, células de macrófagos (RAW 264.7) e células de promastigotas de L. braziliensis (M2904) foram cultivadas para avaliar a atividade dos compostos. Os compostos não foram tóxicos às células de leishmania na concentração testada e apresentaram valores de CC50 variados em macrófago (295,2 µM; 217,9 µM; ~2775,8 µM; ~241,1 µM; ~267,7 µM; 575,3 µM; 159,0 µM e 759,3 µM respectivamente para compostos numerados de 1 a 8). Para testar o potencial inibitório dos compostos, eles foram projetados na plataforma do Avogadro e avaliados por docking molecular no software GOLD, usando a proteína LbSRPK previamente modelada e validada pelo grupo de pesquisa. As melhores poses foram analisadas no PyMOL e Discovery Studio e ranqueados pelo servidor online Pose & Rank. Todos os compostos demonstraram interação com resíduos presentes no sítio ativo da proteína, sugerindo seu potencial como inibidores, embora mais estudos sejam necessários para confirmar esses achados. Para complementar os estudos, a proteína recombinante LbSRPK foi expressa em sistema bacteriano E. coli BL21(DE3) para posterior teste de atividade e inibição pelos compostos. Esses estudos visam ampliar o conhecimento sobre o papel da LbSRPK em L. braziliensis e explorar esses compostos derivados do eugenol da classe das amidas aromáticas como possíveis inibidores dessa proteína. Palavras-chaves: Leishmanioses, Leishmania braziliensis, LbSRPPK, derivados do eugenol, docking molecular. |