O uso do eugenol como agente antimicrobiano para a agroindústria.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SOUSA NETO, Odilon Lúcio de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA
PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2330
Resumo: O Eugenol faz parte dos compostos aromáticos dentro da classe dos fenilpropenos, sendo descrito como 4-alil-2-metóxi-fenol, conhecido comumente como essência de cravo, pois está presente em grande quantidade no óleo essencial de cravo da índia (Eugenia aromática). Possui várias atividades biológicas de acordo com a literatura dentre elas podemos destacar: atividades antifúngica, antibacteriana, antiparasitária, analgésicas, anti-inflamatória, anticarcinogênica e antioxidante, além de outras, como ação contra fitopatógenos e atuação no combate das bactérias de amplo aspecto dos grupos Gram-positivas e Gram-negativas e, logo, comprova-se a sua importância na conservação dos alimentos quanto ao surgimento dos micróbios e sua aplicação nos alimentos como aditivo na própria embalagem. O objetivo deste estudo foi descrever e comparar através dos resultados da literatura a atividade antimicrobiana do Eugenol e a sua importância no elevado potencial inibitório de bactérias e fungos, como também o seu mecanismo de ação e uso. Trata-se de uma revisão da literatura que consistiu em descrever as características biológicas e químicas do Eugenol e as aplicações nas tecnologias e na conservação dos alimentos com atuação antibacteriana na agroindústria. De acordo com a literatura consultada o Eugenol foi capaz de inibir fortemente o crescimento deste fungo em torno de 19,16 a 95,83%; de uma maneira dependente da dose utilizada de Eugenol. A produção de aflatoxina B1 também foi inibida em torno de 15,07 a 98,0% pelo composto. As expressões dos genes foram significativamente suprimidas pelo Eugenol em concentrações de 62,5 e 125 μg/mL. Os resultados indicaram que o Eugenol pode ser considerado uma boa alternativa para controlar o crescimento de fungos toxigênicos e a contaminação posterior em alimentos, como rações e produtos agrícolas contaminados por aflatoxinas. No que se refere aos aspectos tecnológicos o Eugenol também é ativo contra biofilmes pré-formados e age impedindo a formação de novos biofilmes de C. albicans, sugerindo sua eficácia contra os mecanismos adaptativos de resistência exibida por biofilmes dessa espécie contra antibióticos sintéticos como anfotericina B e fluconazol e com relação ao mecanismo de ação do Eugenol tem modo de ação similar ao fluconazol, inibindo a biossíntese do ergosterol. Observaram também que enquanto o fluconazol exibe ação fungistática, o Eugenol exerce atividade fungicida contra várias espécies de Candida (C. albicans, C. tropicalis, C. parapsilosis, C. krusei e C. glabrata), inclusive contra isolados resistentes ao fluconazol. Além disso, verificaram que o Eugenol é significativamente menos citotóxico do que os antifúngicos disponíveis para uso clínico. Concluiu-se que o Eugenol tem efeito bactericida tanto em bactérias gram positivas como em gram negativas, devido atua na desintegração da estrutura da membrana celular microbiana, tendo como o extravasamento de constituintes citoplasmáticos.