Mecanismo de supressão de colônias da formiga-cortadeira Acromyrmex subterraneus subterraneus por fipronil
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3988 |
Resumo: | As formigas-cortadeiras são consideradas pragas de grande importância na economia brasileira por causarem grandes perdas nos setores agrícolas e florestais. Anualmente grandes somas são gastas buscando seu controle, que é feito principalmente através de produtos sintéticos disponíveis no mercado. Alguns deles encontram-se sob forte pressão das certificadoras nacionais e internacionais devido à necessidade de proteção dos ecossistemas, pois seus princípios ativos não são considerados adequados ao ambiente. O repertório comportamental apresentado pelas formigas é um dos responsáveis pela dificuldade encontrada em seu controle. Entre os principais comportamentos executados pelas formigas operárias encontra-se o autogrooming , allogrooming , trofalaxia e manipulação do lixo que são responsáveis pela manutenção da higiene da colônia, mantendo-a fora da ação de parasitas e patógenos. O inseticida fipronil é causador de efeitos no sistema nervoso podendo comprometer os indivíduos expostos e suprimir a colônia. Neste trabalho as operárias entraram em contato com o inseticida fipronil por duas vias: pulverização de solução de fipronil e iscas formicidas. No primeiro, aspergiu-se uma concentração subletal do inseticida fipronil no solo onde foram colocadas seis colônias de Acromyrmex subterraneus subterraneus. No segundo três gramas de iscas formicidas foram oferecidas a cinco colônias de A. subterraneus subterraneus. Os principais comportamentos executados foram medidos através da frequência de acontecimento. Os comportamentos de autogrooming , descarte de adultos e a manipulação do lixo foram menores em colônias tratadas com o inseticida do que nas colônias testemunhas quando o inseticida foi pulverizado. Já com as iscas, os comportamentos de autogrooming , allogrooming , remoção de lixo, e atividades realizadas dentro do jardim de fungo pelas jardineiras foram reduzidos o que propiciou o aumento no desenvolvimento do fungo parasita Escovopsis presente no jardim de fungo das colônias. Assim, as duas formas de aplicação do inseticida possuem efeitos nas operárias de A. subterraneus subterraneus, no entanto, as iscas possuem um efeito mais pronunciado nas colônias e operárias dessa espécie e foram letais às operárias jardineiras. Uma vez que essas operárias são responsáveis pela manutenção do fungo simbionte, sua ausência culmina no decaimento e morte do jardim de fungo e posterior morte das operárias por falta de substrato alimentar, ocorrendo por fim a supressão completa da colônia. |