As representações sociais das mães e dos profissionais sobre a uniformização escolar: o caso do Laboratório de Desenvolvimento Infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, Regina Célia Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia familiar; Estudo da família; Teoria econômica e Educação do consumidor
Mestrado em Economia Doméstica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3317
Resumo: Nesta dissertação, analisa-se a institucionalização do uniforme na cultura escolar a partir das representações sociais construídas pelas mães e equipes técnica e de apoio técnico do Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI). O objetivo geral consistiu em compreender as representações sociais desses sujeitos sobre o uniforme escolar. Especificamente, buscou-se identificar e analisar as imagens e conceitos que as mães e as profissionais do LDI desenvolvem sobre o uniforme escolar e o uso pelas crianças; identificar o nível de satisfação das mães em relação ao uso do uniforme escolar pelas crianças no LDI; analisar estratégias utilizadas pela equipe técnica do LDI para justificar o uso do uniforme escolar pelas crianças do Laboratório; avaliar o custo do uniforme escolar no LDI em termos orçamentários, comparando-o com o preço de outras peças do vestuário; e identificar e relacionar o uso do uniforme escolar com o desenvolvimento integral da criança, no cotidiano do LDI. Os itens abordados no referencial teórico-metodológico foram: Trajetória histórica das vestimentas; O vestuário e seu significado simbólico; Consumo do vestuário; Cuidar e educar: a constituição da idéia de ser criança; e a Teoria das Representações Sociais. Optou-se por uma abordagem qualitativa, por possibilitar compreender o modo como os sujeitos apreendem a vida, a partir de suas experiências cotidianas. A técnica de investigação utilizada foi a entrevista semi-estruturada. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo, segundo a técnica de análise temática, proposta por Bardin. Com base na análise dos resultados, identificou-se uma tendência evolutiva comum, entre os grupos entrevistados, de relacionar o uniforme à idéia de roupa específica usada na escola. Assim, a criança uniformizada beneficia as instituições família e escola. Essas representações e avaliações estiveram associadas, predominantemente, a aspectos ligados à identificação e segurança da criança, à caracterização da escola, à valorização da criança e à minimização das diferenças socioeconômicas das crianças com relação ao vestuário, à praticidade e à mudança na aparência do ambiente físico da instituição. Revelaram, também, que o conforto do uniforme contribui significativamente para a liberdade de ação e de movimento da criança durante a execução das suas atividades, bem como para facilitar aquelas realizadas pelas profissionais das instituições de educação infantil.