Gestão de pessoas na saúde pública com foco nas unidades da estratégia saúde da família: análise de eficiência dos municípios de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Leal, Luciana Lelis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11633
Resumo: A Estratégia Saúde da Família trouxe para a saúde pública uma nova forma de interação com a população com o foco no atendimento mais humanizado e próximo da realidade. Tem por objetivo a atenção integral como forma de garantir uma saúde com qualidade. Com unidades de atendimento dentro das comunidades e com uma interação mais próxima das pessoas, os profissionais acabaram assumindo papel de destaque para modificar essa forma de atendimento. Dessa forma, as secretarias municipais e seus órgãos responsáveis têm o dever de planejar e desenvolver ações de valorização profissional. É criada, então, a Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, que surge como um marco para a Gestão de Pessoas na saúde pública, implementando e reforçando diretrizes, normas e programas. Assim, esse trabalho objetivou conhecer a realidade dos municípios mineiros no que se refere à implementação das ações de Gestão de Pessoas, analisando por meio de uma abordagem quantitativa a eficiência dos mesmos. Para tal, foram utilizados dados secundários de quatro bases governamentais, a saber: DATASUS, IMRS, IBGE e CNES. Dentre os principais resultados, destaca-se a alta rotatividade dos profissionais e a informalidade da maioria dos contratos de trabalho, evidenciando que a valorização profissional no estado apresenta fragilidades. Quanto à eficiência das ações de Gestão de Pessoas, os municípios apresentaram escores de eficiência elevados, demonstrando que os Programas destinados à valorização e capacitação têm alcançado todo o território estadual. No entanto, municípios com alto grau de dependência de recursos estaduais e federais e com proporção de população rural elevada, apresentaram ser menos eficientes. O cenário da eficiência da qualidade dos serviços prestados também obteve resultados inferiores em cidades menos desenvolvidas, mas, também, evidenciaram a má gestão das ações de Gestão de Pessoas, como cursos realizados sem prévia análise de demanda, tornando as ações ineficientes para os profissionais e, consequentemente, para a população. De maneira geral, os Programas têm sido disseminados, mostrando uma eficiência do estado no desenvolvimento dessas ações. No entanto, ainda é necessário romper com problemas estruturais dos municípios, que não conseguiram se organizar estrategicamente após a descentralização das ações de saúde. Também é necessário traçar formas de fiscalização que consigam direcionar os gestores municipais a implementar as ações de forma estratégica, atendendo as necessidades das equipes de profissionais.