Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Ivana Di Pietro |
Orientador(a): |
Santos, Delba Fonseca |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFVJM
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://acervo.ufvjm.edu.br/items/1019a6da-8bb2-492b-a046-544a2c219cbd
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Resumo: |
A tuberculose (TB) é um grave problema de saúde pública mundial e o Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo. Diferentes estratégias são desenvolvidas para um controle mais eficaz da doença. O presente estudo epidemiológico descritivo foi realizado com 35 farmacêuticos das farmácias públicas dos municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina no período de agosto a outubro de 2018. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a força do trabalho do farmacêutico na Assistência Farmacêutica (AF) nos cuidados em saúde aos pacientes com TB na Atenção Primária. Foram investigadas características dos farmacêuticos como: idade, gênero, formação, anos trabalhando na AF e recebimento de treinamento em cuidados sobre TB. O conhecimento sobre a TB, atitudes e práticas também foram avaliados. Os participantes foram questionados sobre atendimento ao paciente, gestão do serviço e interdisciplinaridade profissional. Dos 35 farmacêuticos que participaram da pesquisa, 31 (88,6%) responderam possuir conhecimento sobre a educação interprofissional e 15 (42,9%) consideraram boa interação com outros profissionais de saúde. Várias lacunas foram identificadas na descrição do cuidado em saúde sobre a TB pelos farmacêuticos entrevistados, tais como o desconhecimento sobre a Estratégia Global e Metas para Prevenção, Atenção e Controle da Tuberculose (57,1%) e sobre o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose (PNFT) (71,4%). Ressalta-se que 88,6% das repostas dos farmacêuticos mostraram que os medicamentos para o tratamento da TB eram armazenados na farmácia pública, e embora 62,9% afirmaram possuir a responsabilidade pela dispensação desses medicamentos, a responsabilidade pelo Tratamento Diretamente Observado (TDO) foi em 60,0% pelo enfermeiro. Sobre a percepção dos farmacêuticos para o planejamento dos cuidados em saúde para a TB, consideraram muito importante a escolaridade dos pacientes e das famílias (74,3%), a compreensão das implicações da educação em saúde (85,7%), o reconhecimento do significado do tratamento médico (80,0%) e o treinamento profissional para aprimorar conhecimentos e habilidades para prestação do serviço (65,7%). A maioria dos farmacêuticos relatou que devem ser compartilhadas com outras profissões as seguintes atividades: educação do paciente (94,3%), monitorização de sintomas (82,8%), fornecer outros serviços de cuidado em saúde (82,8%), assumir a responsabilidade legal pelas ações da equipe (77,1%) e coorganizar as atividades da equipe (71,4%). O relato dos profissionais estudados mostrou concordância plena de que o conhecimento profissional e a habilidade do trabalho em equipe são fundamentais para: tratamento integral do paciente (60,0%); melhor suporte aos cuidadores familiares (42,8%); atender melhor às necessidades quando comparado com outras formas de trabalho (34,3%); e ainda, melhorar a qualidade do cuidado (31,4%). Diante do desconhecimento de grande parte dos profissionais sobre a Estratégia Global e Metas para Prevenção, Atenção e Controle da Tuberculose e sobre o PNFT, assim como a pouca participação do farmacêutico na realização do TDO, uma maior integração deste profissional na gestão e acompanhamento do paciente com TB é uma estratégia para a obtenção de um cuidado de maior qualidade e o alcance das metas estabelecidas no PNFT. |