Cuidado farmacêutico em pacientes com câncer de mama em uso de capecitabina: um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Dias, Nathália Rosário da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36097
Resumo: A capecitabina, representa uma adição significativa ao arsenal terapêutico oncológico oral para os casos de câncer de mama localmente avançado e metastático, entretanto as reações adversas podem ser fator limitante ao tratamento. O Cuidado Farmacêutico (CF), busca maior interação e cuidado com o paciente propiciando resultados desejáveis quanto a terapia utilizada, resolução de problema farmacoterapêuticos, melhoria da qualidade de vida, e possibilita a detecção de Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM). O CF como estratégia para a garantia e promoção do uso seguro e racional de antineoplásicos orais tem sido cada vez mais empregado no cuidado ao paciente oncológico. Este estudo clínico randomizado comparou as reações adversas relacionadas ao uso da capecitabina em pacientes que receberam o CF de forma integral durante todo o tratamento com os que não receberam este cuidado. Foram recrutados 58 pacientes com câncer de mama em uso de capecitabina no ano de 2022, dos quais 27 eram do grupo controle (GC) e 31 do grupo intervenção (GI).Constatou-se a ocorrência de síndrome mão e pé (GC-33,3%; GI-41,9 %), fadiga (GC-7,4%; GI-16,1%), náuseas (GC-0 e GI-25,8%) e diarréia (GC-11,1% e GI-19,3%) relacionadas ao uso da capecitabina em ambos os grupos Para os PRM encontrados, foram realizados diversos tipos de intervenções. As soluções adotadas foram: profilaxia para síndrome mão pé (77,4 %), profilaxia para mucosite (61,3 %), profilaxia para diarreia (51,6 %), profilaxia para náuseas (45,2 %) e adoção de medidas laxativas ( 9,7 %) . As indicações para analgésicos ocorreram em 25,8%, para alívio de dores e desconfortos que interfiriram na qualidade de vida dos pacientes ao longo dos ciclos por decorrência da síndrome mão pé. Porém os pacientes do grupo que receberam o cuidado farmacêutico tiveram menores graus de severidade e tempo reduzido de permanência destes eventos. Foram realizadas interconsultas para o serviço de nutrição, estomatologia e psicologia devido ao aumento da gravidade destes eventos adversos. Os resultados obtidos confirmaram a importância do cuidado farmacêutico no tratamento com capecitabina, contribuíndo para o aumento da segurança, diminuição dos eventos adversos e interrupção da farmacoterapia.