Biodiversidade e aspectos ecológicos de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) provenientes de cavernas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Teodoro, Layane Meira
Orientador(a): Barata, Ricardo Andrade
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/76277700-38db-4029-97a9-f95590743de5
Resumo: Os flebotomíneos são dípteros que costumam abrigar-se em troncos de árvores, tocas de animais, folhas caídas no solo, copa das árvores, frestas em rochas e em cavernas. No Brasil, no que se refere apenas à fauna flebotomínica em cavernas, sejam elas areníticas, calcárias, quartzíticas ou ferruginosas os dados são raros, existindo apenas estudos isolados. Este estudo objetivou determinar a fauna de flebotomíneos em cavernas localizadas nos estados de Minas Gerais, Pará e Tocantins. Os espécimes foram capturados nos anos de 2006, 2010, 2013, 2014 e 2015 em inventário de cavernas, realizados através de busca ativa e encontravam-se depositados na Coleção de Invertebrados Subterrâneos (ISLA) do Centro de Estudos em Biologia Subterrânea/UFLA. Os flebotomíneos (machos e fêmeas) foram preparados e montados entre lâmina e lamínula, e identificados seguindo a classificação taxonômica de Galati (2003). A fauna de flebotomíneos das cavernas foi composta por 25 espécies: Evandromyia cortelezzii, Evandromyia saulensis, Evandromyia carmelinoi, Evandromyia monstruosa, Evandromyia termitophila, Evandromyia tupynambai, Migonemyia migonei, Micropygomyia goiana, Micropygomyia peresi, Micropygomyia oswaldoi, Lutzomyia renei, Lutzomyia ischyracantha, Lutzomyia longipalpis, Micropygomyia pilosa, Micropygomyia quinquefer, Nyssomyia umbratilis, Pintomyia gruta, Pintomyia serrana, Psathyromyia lutziana, Sciopemyia sordellii, Sciopemyia microps, Trichophoromyia brachipyga, Trichopygomyia dasypodogeton e Micropygomyia sp. totalizando 843 espécimes, sendo 382 machos e 461 fêmeas. Sciopemyia sordellii foi a espécie predominante com 58,72% dos flebotomíneos coletados. A fauna de flebotomíneos das cavernas mostrou-se diversa, com espécies de importância no ciclo de transmissão das leishmanioses. O encontro de Lu. longipalpis, Mg. migonei e Ny. umbratilis, espécies envolvidas no ciclo de transmissão da leishmaniose visceral e tegumentar, respectivamente, indica que estas espécies podem estar participando do ciclo enzoótico, e circulando entre animais silvestres e humanos, que frequentemente, adentram ou estejam proximos ao ambiente cavernícola.