Progresso: solução para quem? Concepções sobre modos de vida numa comunidade rural no norte de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Matos, Geraldo Magela
Orientador(a): Carvalho, Marivaldo Aparecido de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/059fe4d2-4bf8-429d-9704-22acf6a3775d
Resumo: Esta pesquisa foi desenvolvida na comunidade rural de Piranga, localizada no município de Riacho dos Machados, Minas Gerais, Brasil. No final da primeira década do início do século XXI, a população local teve que dividir seu território com uma empresa de mineração para extração de ouro. A atividade minerária faz parte do modelo econômico de produção de capital e acumulação de riquezas. As consequências dessas atividades são observadas a partir de impactos sociais, ambientais e à saúde de comunidades rurais. Desta forma, a mineração é vista sob diferentes olhares de sujeitos sociais, com diversos interesses. Os objetivos da pesquisa foram analisar qual a “visão de mundo” dos moradores sobre o “progresso”, antes e depois da instalação do “Projeto de Ouro de Riacho dos Machados”. Em termos metodológicos, recorreu-se a uma ampla investigação de dados provenientes de bibliografias, observação in loco, documentos (fontes secundárias) e entrevistas semiestruturadas. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa. Foram utilizados alguns equipamentos como: câmara fotográfica, gravador de voz e diário de campo para anotações do pesquisador. Todas as entrevistas foram analisadas a partir do método de análise de conteúdo. Observou-se que, na comunidade Piranga, as atividades laborais estão divididas entre prestador de serviços gerais, vinculados à empresa terceirizada e ao uso da terra para a manutenção das famílias. De acordo com as entrevistas, os empreendimentos minerários modificaram o modo de vida de moradores. Diante das categorias identificadas, foram codificadas unidades para análise. Destacaram a saúde e a religião relacionadas com a ideia de progresso. As atividades minerárias causaram frustações diante dos discursos promovidos por representantes da empresa, no que tange as melhorias de infraestrutura e nas condições de vida dos moradores da comunidade. Em face do processo corrente, é importante enfatizar as mudanças nos modos de vida dos moradores, o estreitamento da soberania territorial e o aumento das dificuldades com o trato com a terra.