Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferraro, Paula Daniela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/8702
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Resumo: |
As cidades do Rio de Janeiro e de Buenos Aires têm passado por processos históricos similares. No final do século XIX e no começo do século XX, os governantes do Brasil e da Argentina sustentaram o projeto político de modernizar esses lugares. Com o olhar na Europa, especialmente na França, foi realizada uma série de modificações que se relacionavam com a ideia de “progresso”. Desse modo, as construções coloniais foram substituídas por grandes prédios, as avenidas foram alargadas e os cafés, confeitarias e bulevares se multiplicaram. No Rio de Janeiro, aliás, aterraram-se algumas regiões do centro, inauguraram-se a Avenida Central e os cais do Porto, e foi demolido o morro do Castelo. Buenos Aires, por outra parte, ampliou a rede ferroviária, alargou a Avenida Corrientes, abriu cinemas, teatros e cafés e inaugurou o metrô (1913). Outros avanços técnicos, como o bonde elétrico, o automóvel, a câmera fotográfica e o cinema acompanharam os processos de mudança de ambas as cidades e transformaram, também, as percepções do tempo e do espaço. A confiança no “progresso” estava presente nos discursos dos políticos, jornalistas, escritores e cientistas. Porém, esse otimismo ignorava um fato importantíssimo: uma grande parte da população foi excluída desses benefícios. Lima Barreto e Roberto Arlt percorreram tanto o centro das suas cidades quanto as margens, percebendo assim o abandono destas últimas. Nas crônicas e Aguafuertes, estes narradores descreveram o outro lado do chamado “progresso” |