Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gomes Neto, João Maurício |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182050
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Resumo: |
Ao longo do século XX, a espacialidade que se constituiu estado de Rondônia foi, de forma recorrente, objeto de narrativas que a percebiam como espaço vazio, lugar de natureza bravia e selvagem a ser domado e civilizado. A busca por dar conta dessas missões – primeiro civilizatória, depois modernizadora – em projetos iniciados e propagados pelo estado brasileiro, levou à migração de agentes diversos a estas localidades. Ao produzirem narrativas sobre essa trajetória, estes sujeitos costumam fazê-lo a partir de elementos comuns a determinado imaginário ambivalente (HARTOG [1980] 2014) que situa a Amazônia, no geral, e Rondônia, em específico, entre o paraíso e o inferno terrestres, como lugares ermos e terra da promissão. Tal perspectiva foi consagrada em diferentes campos: imprensa, historiografia, memória, e literatura. Ao tomar parcela relevante dessas produções como fontes, esta investigação buscou evidenciar: elementos correspondentes às ações de ocupação ensejadas; e a maneira como as mesmas são narradas pelos migrantes sob as perspectivas do alargamento das fronteiras, do desbravamento, do pioneirismo, da edificação do progresso. Tomando o conceito de cultura política (BERSTEIN, 1998; 2009), objetivou-se compreender a emergência e a representação de imaginários de civilização e modernização na espacialidade referida no decorrer do século passado. A pesquisa realizada indica que essas representações têm levado a termo um regime historiográfico específico na forma de narrar a colonização dos ditos vazios amazônicos, reatualizado a colonialidade do poder e do saber sobre esta região (DUSSEL, 2005; LANDER, 2005; MIGNOLO, 2003; 2005; QUIJANO, 2005; 2002). |