Investigação de roedores e marsupiais na cadeia de transmissão de Leishmania spp. em Diamantina, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gusmão, Emerson Márcio
Orientador(a): Machado, Alex Sander Dias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/68665491-8361-4b40-9ca6-ac55a8f74e47
Resumo: As leishmanioses são doenças infecto-parasitárias que atingem o homem e os animais, causadas por protozoários do gênero Leishmania. A espécie Leishmania infantum e Leishmania braziliensis são responsáveis respectivamente pela maioria dos casos de leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar no Brasil. A infecção e interação do parasito com os hospedeiros vertebrados ocorre pela picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. As alterações ambientais, naturais ou resultantes de ações antrópicas, representam a função de pressão seletiva que induz as populações vetoras versus parasita versus mamíferos a se adaptarem às novas circunstâncias a partir de mudanças comportamentais. Muitos estudos apontam a necessidade de investigações sobre o papel exato de novas espécies de animais no ciclo epidemiológico das leishmanioses. O objetivo desse estudo foi realizar um censo epidemiológico da prevalência de Leishmania spp. em roedores e marsupiais sinantrópicos capturados na área urbana de Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Para isso foram coletadas amostras de sangue e fragmentos de baço de 24 roedores e 13 marsupiais sinantrópicos capturados em 10 pontos representantes de bairros da cidade. A pesquisa de Leishmania foi realizada através do diagnóstico parasitológico direto por meio do esfregaço sanguíneo e histopatológico de baço, além da PCR do DNA extraído a partir de sangue total e fragmentos do baço dos animais seguida de sequenciamento, e o PicroSirusRed, para evidenciação de fibras colágenas em região esplênica. Foram coletados um total de 37 espécimes, de quatro espécies, Didelphis albiventris, Mus musculus, Rattus norvegicus e Rattus rattus. As técnicas de diagnóstico direto (esfregaço sanguíneo, histopatológico) não revelaram amastigotas visíveis. Apesar da presença de alterações do aspecto macroscópico em região hepática e esplênica em alguns roedores e marsupiais, nas amostras analisadas não foi detectado Leishmania spp. pela PCR. Os cortes corados pelo PicrosiriusRed não demostraram alterações morfológicas em fibras colágenas. Embora não tenham sido identificados roedores e marsupiais positivos para Leishmania spp. neste estudo, não se descarta a participação destes animais no ciclo epidemiológico de transmissão das leishmanioses.