Ecologia de Phthiraptera, Siphonaptera e Acari (Ixodidae) de pequenos roedores e marsupiais do Parque Estadual da Pedra Branca, Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Amaral, Heloiza Helena de Oliveira Morelli
Orientador(a): Carvalho, Acacio Geraldo de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9384
Resumo: No período de outubro de 2005 até outubro de 2007, foram capturados roedores e marsupiais no Parque Estadual da Pedra Branca, Rio de Janeiro, RJ. Este trabalho objetivou caracterizar a vegetação da área de estudo; verificar se existe correlação entre mesoclima e microclima com relação à presença de parasitos e hospedeiros; identificar a dinâmica das populações de hospedeiros e parasitos ao longo das estações do ano e verificar a estratificação da fauna de pequenos roedores e marsupiais e da fauna ectoparasitária. Foram marcados seis pontos de captura, em diferentes cotas. Utilizou-se três tipos de armadilhas, Sherman. Tomahowk e Francesinha, com diferentes iscas e dispostas em cinco transectos. Capturou-se 160 mamíferos, sendo 96 espécimes de marsupiais, das espécies: Didelphis aurita, Marmosops incanus, Micoureus paraguayanus, Metachirus nudicaudatus, Monodelphis americana e Philander frenatus, e 64 de roedores, das espécies: Akodon cursor, Oligoryzomys nigripes, Rattus norvergicus, Rattus rattus, Guerlinguetus ingrami, Sphigurus villosus,. A vegetação presente nas áreas de coleta (nas seis cotas pesquisadas) é composta por vegetação secundária em diferentes estágios de regeneração. As áreas situadas nas cotas 150, 200, 300 e 400 metros podem ser classificadas como áreas que estão em estágio de inicial a médio de regeneração, enquanto, as áreas situadas nas cotas 500 e 600 metros a classificação é de áreas em estágio de médio a avançado de regeneração. A correlação entre o ambiente (umidade relativa do ar, temperatura e índice pluviométrico) e os ectoparasitas só foi significativa para os carrapatos, demonstrando que, quanto maior a temperatura, maior é o número de carrapatos. Observou-se que nos meses de julho e agosto (meses mais secos) e nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro (mais quentes) o número de animais capturados é muito baixo. A espécie dominante é D. aurita (35%). Coletou-se 370 espécimes de ectoparasitas, sendo: 162 pulgas, 105 carrapatos e 103 piolhos. Os parasitos encontrados foram: Siphonaptera: Adoratopsylla (Adoratopsylla) antiquorum ronnai, Adoratopsylla (Tritopsylla) intermedia intermedia, Polygenis (Polygenis) occidentalis occidentalis, Polygenis (Polygenis) rimatus, Polygenis (Polygenis) steganus, Polygenis (Neopolygenis) atopus, Ctenocephalidae felis felis; Acari (Ixodidae): Amblyomma geayi, Amblyomma longirostre, Amblyomma scutatum, Amblyomma spp., Ixodes amarali, Ixodes auritulus, Ixodes didelphidis, Ixodes loricatus, Ixodes luciae, Ixodes spp.; Phthiraptera: Poliplax spinulosa, Hoplopleura sciuricola, Eutrichophilus minor e Eutrichophilus cercolabes. As pulgas obtiveram o maior coeficiente de prevalência (28,13%) e o maior índice de abundância (1,01 pulga/hospedeiro). Os piolhos apresentaram a maior intensidade média de parasitismo (17,17 piolhos/hospedeiro). A correlação entre o número de roedores capturados e as cotas não foi significativa (rs = 0,23, p = 0,6) e para os marsupiais a correlação foi negativa e também não significativa (rs = -0,6, p = 0,2). Polygenis (P.) occidentalis occidentalis foi encontrada com a maior freqüência (20,8%) entre os roedores e em relação aos marsupiais, Adoratopsylla (T.) intermedia intermedia foi a mais freqüente (77,7%). E. cercolabes apresentou a maior freqüência (91,5%) entre os piolhos; entre os carrapatos a maior freqüência foi de Ixodes loricatus.